Atlético: Rodrigo Caetano exalta 'poder' da Arena MRV e da SAF

24 de dezembro de 2023 151

Arena MRV fica às margens da Via Expressa, na região Noroeste de Belo Horizonte, perto de Contagem — Foto: Pedro Souza/ Atlético

Estádio do Galo foi inaugurado em agosto e, na nova casa, alvinegro venceu sete partidas e perdeu duas, com 35,5 mil de média de público

Por O Tempo Sports

O ano de 2023 representou marcos importantes na vida do Atlético. Os principais, a construção da Arena MRV e a transformação em SAF. O estádio foi uma conquista fundamental para a história do clube. Inaugurada em agosto, a nova casa do Galo encheu de orgulho a torcida e é encarada como trunfo para o time disputar no topo as disputas da próxima temporada.

"Ter estádio próprio traz muitas vantagens, não só esportiva. Cria fidelidade com o torcedor e uma sinergia com os atleticanos. A Arena é uma ferramenta, muitas vezes, até para o convencimento de jogadores no momento de negociar, por saberem que temos um patrimonio tão importante como nosso estádio", analisa Rodrigo Caetano, diretor de futebol, em entrevista à rádio Grenal.

O Galo fez oito jogos em casa na Série A do Campeonato Brasileiro. Foram sete vitórias e apenas duas derrotas, com aproveitamento de 77,77% e 35,5 mil de média de público. O Atlético terminou o Brasileirão em terceiro lugar, com 66 pontos, quatro a menos do que o campeão Palmeiras.

"Muito antes da inauguração, o entorno das obras já era tomado pelos próprios atleticanos, fazendo ritual e vendo a obra aparecer. Tivemos dois tropeços importantes, que nos atrapalharam muito em não conquistar o título. Tirando isso isso, foram só vitórias. A equipe se torna forte, e o torcedor gosta de ter um estádio para chamar de seu", argumenta Caetano.

Impacto

O projeto inicial da obra previa custo de R$ 410 milhões em 2018. Em agosto, quando começou a funcionar, o valor havia saltado para R$ 746 milhões, sem incluir os R$ 335 milhões das contrapartidas exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte. Com isso, o preço total para a construção do estádio chegou a R$ 1,08 bilhão. O clube estima ter renda bruta anual de cerca de R$ 150 milhões.

"A Arena é 100% do Galo, foi construída com recursos próprios. Teve impacto na dívida do clube, mas já está equacionada desde que se tornou SAF. Os donos assumiram o passivo e o refinanciamento para a frente", destaca o diretor de futebol.

Caetano ressalta ainda que a associação teve a dívida zerada e terá 25% das receitas futuras da SAF.

"É um negócio ímpar no futebol brasileiro, porque o clube foi adquirido por atleticanos, torcedores importantes do Galo, nenhum recurso estrangeiro, empresário de fora do país", enaltece o dirigente em alusão aos 4Rs (Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador), que compraram 75% do Atético.

No negócio, a SAF se tornou proprietária do departamento de futebol, da Arena MRV e da Cidade do Galo. A associação segue detentora da sede de Lourdes e dos clubes Labareda e Vila Olímpica.

"É um modelo que torço para dar certo e motive outros grandes empresários brasileiros identificados com seus clubes a fazer esse tipo de aporte", aponta Caetano