Abate clandestino de animais bovinos é fechado pela PM em São João del-Rei
Na mesma propriedade, funcionava um laticínio com produtos de origem animal que não estavam em condições para consumo humano
Por Tribuna
Uma fazenda em que funcionava um abate clandestino de animais bovinos foi fechada pela Polícia Militar de Meio Ambiente, na última terça-feira (23), em São João del-Rei. Os militares compareceram no local após denúncia e constataram que havia materiais para sacrifício e restos de animais na propriedade.
Segundo o registro policial, os militares avistaram um galpão que estava sendo utilizado para ordenha e abate de animais de grande porte. No interior do local, a PM encontrou um animal abatido, em processo de esfola, além de partes de um segundo animal, com cabeça, patas e vísceras de um bovino que aparentava ter sido abatido recentemente. Também havia guardado no galpão equipamentos utilizados para a limpeza dos animais.
No empreendimento, havia uma infraestrutura destinada ao fim de abate de animais, como uma talha, que é utilizada na elevação do animal abatido para ser realizada a desossa, uma serra sabre, cinco facas próprias de uso em açougue, e uma marreta com vestígios de uso para abate.
Após os policiais questionarem o paradeiro do restante do segundo animal abatido, os autores afirmaram que estaria armazenado em câmara fria em um laticínio localizado na mesma propriedade. A fiscalização verificou que havia cortes de bovino in natura na câmara fria juntamente com a produção de queijos e derivados de leite fabricados, embalados, e prontos para venda.
Em seguida, a PM acionou o órgão competente para fiscalização de produtos de origem animal, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O abate foi constatado junto com a Polícia Militar e também foi notado que o empreendimento encontrava-se em desacordo com o regulamento da inspeção e fiscalização sanitária dos produtos de origem animal. Segundo o órgão, os produtos fabricados no laticínio não estavam em condições para consumo humano, além da ausência de licença ambiental.
Os rótulos utilizados para embalar os derivados de leite também estavam em desconformidade com as normas previstas, sendo feita apreensão desses materiais, que ficaram sob a responsabilidade do IMA.
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