Veja tudo o que se sabe sobre o caso menina de 12 anos morta em BH

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Veja tudo o que se sabe sobre o caso menina de 12 anos morta em BH Reprodução - Rádio Itatiaia
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O principal suspeito, de 25 anos, foi preso por policiais militares e autuado por homicídio

 Itatiaia   Por 

 

Ana Luiza Silva Gomes de 12 anos, foi encontrada morta nessa terça-feira (16), na calçada da rua Marrocos Filho, no bairro Bela Vitória, região Nordeste de Belo Horizonte. O principal suspeito, de 25 anos, foi preso por policiais militares e autuado por homicídio. O crime é investigado pela Polícia Civil.

O homem tem passagens por tráfico de drogas, furto e estupro de vulnerável. As informações constam do Boletim de Ocorrência (BO), registrado nessa terça-feira (16).

O crime

Tudo começou quando câmeras de segurança registraram o momento em que a adolescente entrou em uma casa acompanhada de um homem, por volta das 10h15. Ainda no vídeo, após quase três horas, por volta de 13h30, o suspeito, vestido com outra roupa, saiu de dentro da residência carregando a adolescente no colo, aparentemente desacordada, e a abandonou na calçada.

O suspeito contou à polícia que estava no campo de futebol do bairro Nazaré e que lá encontrou Ana Luiza. Segundo ele, a menina estava inalando loló. Ele disse que a menina pediu água, pois estava passando mal, e que ele convidou a vítima a ir até a sua casa.

Segundo o homem, quando chegaram ao local, ela continuou usando a droga. Em determinado momento, ela começou a passar mal e ficou com falta de ar. Ele relata que foi para fora da casa com ela e acionou o Samu. Ainda conforme o BO, ele disse que uma pessoa que passava pelo local ajudou a menina, fazendo massagem cardíaca até a chegada do socorro. Segundo o suspeito, ele não conhecia a vítima.

Boletim desmente versão de suspeito

O registro policial, no entanto, não corrobora a versão do suspeito. “Inicialmente, é possível verificar que o relato do autor não condiz com que foi gravado nas imagens das câmeras de segurança”, descreve o boletim. A menina foi deixada por ele na rua, sem socorro. “Também cabe acrescentar que o autor retirou a vítima aparentemente desacordada de dentro de sua residência, alterando o local de crime.”

O médico do Samu relatou aos policiais que foi possível verificar, durante o atendimento médico, que a vítima já estava com o queixo rígido. Segundo o boletim, isso significa que “a morte da menina ocorreu muito tempo antes da ligação para o Samu”.

 

Com isso, foi dada voz de prisão ao homem pelo crime de homicídio. Ainda segundo registro policial, não foi encontrado nenhum frasco contendo a droga “loló". A perícia localizou resquícios de frascos de outros entorpecentes, além de um preservativo usado, que foi recolhido pela equipe da perícia.

Em entrevista à Itatiaia, um familiar da vítima lamentou que o suspeito já tenha passagem por abuso. “Esse rapaz deveria estar preso, cumprindo pena”, disse. “Não sei o que que estava fazendo na rua, porque já tinha passagens por esse tipo de situação”, completou.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato a Polícia Civil de Minas Gerais, o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Segurança do Estado, e aguarda posicionamento.

Homicídio qualificado

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, por meio de nota, que efetivou a prisão em flagrante do suspeito. “Ele foi ouvido e autuado, a princípio, pelo crime de homicídio qualificado”, disse. O suspeito ficou à disposição da Justiça para as medidas legais cabíveis.

“A perícia oficial foi deslocada, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios. O corpo da adolescente foi encaminhado ao IML para ser submetido ao exame de necropsia. As investigações prosseguem a cargo do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a completa elucidação do caso e nenhuma linha investigativa é descartada”, acrescentou.

Sepultamento

O velório de Ana Luiza Silva Gomes de 12 anos, será nesta quarta-feira (17), a partir de 12h, no Cemitério da Saudade. O sepultamento vai acontecer às 14h.

*com informações de Renato Rios Neto e Célio Ribeiro