'Tenho um grande mestre', diz Wallace sobre Filipe Ferraz após título mundial do Sada Cruzeiro
Wallace foi escolhido o MVP (jogador mais valioso) do Campeonato Mundial de Clubes de Voleibol Masculino, disputado em Uberlândia
O Tempo Por Rayllan Oliveira
Escolhido como o melhor jogador do Campeonato Mundial de Clubes de Voleibol Masculino de 2024, o oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, atribuiu o reconhecimento ao treinador Filipe Ferraz. O comandante da equipe celeste, que assumiu o posto na temporada de 2020/2021, chegou ao seu segundo título da competição como treinador (2021 e 2024). Ele também já havia levantado a taça como atleta em três ocasiões (2013, 2015 e 2016).
"O Filipe é um cara que me deu muitas dicas, me ensinou a ser um capitão. Eu tenho um grande mestre, que me ensinou quais caminhos devo seguir para chegar ao topo", destacou o oposto durante entrevista para O TEMPO Sports desta segunda-feira (16 de dezembro). Segundo o atleta, o trabalho do treinador tem sido um diferencial para que ele consiga se manter em alto nível, mesmo aos 38 anos. "A gente vai tentando se reinventar, a fazer coisas novas", acrescentou.
Wallace foi escolhido o MVP (jogador mais valioso) do Campeonato Mundial de Clubes de Voleibol Masculino, disputado em Uberlândia. Ele terminou a competição com 108 pontos, liderando as estatísticas. O oposto também foi o atleta com mais pontos de ataque (97) e o segundo melhor sacador, com sete aces. Na decisão, diante do Trentino Volley, da Itália, o jogador do Sada Cruzeiro foi o maior pontuador do confronto, com 23 pontos.
"A gente sempre enfrenta uma pressão muito grande por ser o Sada Cruzeiro. É uma pressão inconsciente por causa dos títulos que já conquistamos. E o Mundial veio em um momento em que a nossa equipe ainda está em construção, e felizmente conseguimos isso durante o campeonato", avaliou.
Apesar de ter sido eleito o melhor atleta do Mundial, Wallace destacou que não pensa em retornar à Seleção Brasileira. Em agosto de 2021, após a quarta colocação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o atleta anunciou o fim do seu ciclo com a camisa verde e amarela.
"Sempre tenho vontade de estar na seleção, nunca daria as costas. Mas teria que ser algo pontual, como ocorreu em 2022. Você não consegue tempo para treinar e isso arrebenta o atleta. Outro ponto é a família. Quando você está servindo à seleção, você não consegue estar junto dos seus. Além da pressão na saúde mental", comentou. Em 2022, Wallace defendeu a Seleção Brasileira na disputa da Liga das Nações.
Desejo de títulos
Com o Sada Cruzeiro, o oposto conquistou quatro títulos do Mundial de Clubes, seis do Sul-Americano, seis da Superliga, três da Copa do Brasil, dois da Supercopa Brasileira e oito campeonatos Mineiros. "Eu, particularmente, me sinto um líder desse time. Não apenas por ser o capitão, mas também por ser a peça mais experiente, ao lado do Lucão. Ele (Lucão) é um cara que ajuda muito", afirmou.
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