Policial penal morto por bombeiro estava bebendo com o filho na hora da confusão

Policial penal morto por bombeiro estava bebendo com o filho na hora da confusão
O policial penal chegou a ser levado ao HPS João XXIII, mas não sobreviveu — Foto: Videopress Produtora
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O homem de 44 anos foi atingido por cinco disparos feitos por subtenente aposentado; briga teria começado por conta de arma do policial penal, que estava à mostra no bar

Por José Vítor Camilo O Tempo

O policial penal de 44 anos morto na madrugada desta segunda-feira (26 de fevereiro), após uma discussão com um bombeiro aposentado, estava bebendo na companhia do filho quando a confusão aconteceu em um bar do bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte. A informação foi confirmada a O TEMPO por colegas de profissão e familiares da vítima.

Conforme testemunhas que estavam no bar, o bombeiro reformado de 61 anos não gostou do fato de a arma do policial penal estar à mostra. Ambos discutiram no local, e o bombeiro foi em casa buscar um revólver. Ao retornar ao bar, o subtenente, que estava embriagado, atirou contra o policial penal sem que ele pudesse se defender.

"Ele era lotado no Ceresp da Gameleira. Segundo colegas de trabalho, ele era um cara super tranquilo, muito bem visto pelos colegas. A informação que temos é que ele estava no bar, bebendo com o filho, que é maior de idade. Por conta da arma, que estava à mostra, ele e o bombeiro iniciaram uma discussão e terminou assim", lamentou Jean Otoni, presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais (Sindasp).

O bombeiro reformado fugiu do local de moto, mas acabou preso pouco depois pela Polícia Militar (PM). A arma usada no crime foi apreendida. O policial penal foi socorrido para o Hospital João XXIII, mas morreu na unidade de saúde.

Até a tarde desta segunda, a família do policial ainda não tinha conseguido liberar o corpo do Instituto Médico-Legal (IML) e, por isso, ainda não há informações sobre velório e enterro da vítima.

 

Corporações lamentaram o ocorrido

Procurada, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lamentou a ocorrência que terminou na morte. "A pasta acompanha os desdobramentos da investigação iniciada pela Polícia Civil de Minas Gerais e as providências adotadas pelo Corpo de Bombeiros Militar para a devida elucidação dos fatos. A Sejusp se solidariza com os familiares da vítima e com todos os profissionais da Polícia Penal de Minas Gerais e, por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, prestará o suporte necessário à família da vítima", disse.

O Corpo de Bombeiros também lamentou a ocorrência envolvendo o militar da reserva. A corporação afirma que adota as medidas cabíveis junto aos demais órgãos de Segurança Pública. "O militar foi preso em flagrante e segue sob custódia, à disposição da Justiça. Reforçamos nosso compromisso com a ética e a transparência, e refutamos veementemente os atos incompatíveis com os valores institucionais", afirmou o Corpo de Bombeiros.