Pais de menino doente são presos por desvio de dinheiro de campanha de doações

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Campanha AME Jonatas arrecadou mais de R$ 3 milhões em 2017 para o tratamento da doença do menino que tinha Atrofia Muscular Espinhal; A criança morreu em 2021

O Tempo   Por Redação

 

Os pais do pequeno Jonatas que haviam arrecadado mais de R$ 3 milhões em 2017 para o tratamento da doença do filho, foram presos nesta quarta-feira (22/05). Renato e Aline Openkoski, estavam foragidos, e foram condenados pela Justiça de Santa Catarina desde outubro de 2022 por estelionato e apropriação de bens da Campanha.

A prisão do casal acontece três anos após a morte do filho que tinha  Atrofia Muscular Espinhal (AME). Jonatas morreu em janeiro de 2021 aos 5 anos de idade após sofrer uma parada cardíaca. O menino emocionou o país em 2017 após sua história viralizar nas redes sociais em campanha para arrecadar dinheiro para seu tratamento. 

A campanha AME Jonatas foi criada para comprar um remédio chamado Spinraza, fabricado nos EUA. Considerado o meio de tratamento mais eficaz para Atrofia Muscular Espinhal, cada dose do medicamento custa cerca de R$ 367 mil.

No entanto, o casal teria apropriado dos R$ 3 milhões que seria do tratamento do filho para comprar carro e fazer viagens. A mudança no padrão de vida dos pais de Jonatas passou a ser alvo de denúncias. Em dezembro de 2021, por exemplo, eles curtiram o Réveillon em Fernando de Noronha, famoso arquipélago frequentado por famosos.

Renato e Aline foram encontrados pela polícia em uma casa alugada em Joinville, Santa Catarina, e encaminhados para a prisão da cidade para cumprir a pena por ter se apropriado de R$ 3 milhões arrecadados na campanha AME Jonatas.

O casal, considerado foragido, era investigado pela Polícia Civil. As investigações foram intensificadas após a mudança dos condenados de Balneário Camboriú (SC). "Após exaustivo trabalho de inteligência, investigação e campanas, eles foram localizados em Morro do Meio, em Joinville", diz a polícia. 

Os pais de foram sentenciados a um total de 70 anos de prisão em regime fechado.  Eles foram condenados pelos crimes de estelionato e apropriação indébita.