Ondas de calor podem atingir o Brasil no verão; saiba quando e onde

Ondas de calor podem atingir o Brasil no verão; saiba quando e onde
Em 2023, Brasil enfrentou ondas de calor atípicas — Foto: Flávio Tavares/O Tempo
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Estação, que começou no dia 22, promete ser um dos verões mais quentes da história

Por O Tempo

O verão no Brasil começa nessa sexta-feira (22) com a previsão de temperaturas acima da média histórica, segundo relatório climático produzido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ondas de calor atípicas, assim como as registradas em 2023, podem se repetir no país em 2024.

Normalmente, o verão no país é marcado pela elevação de temperatura, dias mais longos do que as noites, chuvas fortes, descargas elétricas e ventos de intensidade moderada a forte. Devido ao fenômeno El Niño, que alterna a distribuição da temperatura da água no Oceano Pacífico, as alterações no clima devem ser mais intensas. No Brasil, os efeitos do El Niño podem se prolongar por toda a estação, que termina em 20 de março de 2024.

Quando as ondas de calor vão acontecer?

Região Sudeste

Segundo o Climatempo, ondas de calor podem atingir a porção leste da região,  que compreende parte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Entretanto, as altas temperaturas podem se expandir para outras áreas do Sudeste. 

Região Sul

Extremos de calor prováveis a partir de fevereiro, segundo o Climatempo. com possíveis ondas de calor no norte e oeste da região. Um calor intenso de forma pontual no litoral, incluindo Florianópolis. De forma geral,  O verão deve ser muito abafado no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Região Centro-Oeste

De acordo com o Climatempo, a previsão é de temperaturas acima da média na em todos os Estados da região ao longo dos três meses da estação. Entretanto, há a possibilidade de ondas de calor no oeste e sul do Mato Grosso do Sul.

Região Nordeste

A previsão é de temperaturas mais altas que o normal em todas as áreas, especialmente entre o sul do Piauí e no centro-leste da Bahia. Entretanto, segundo o Climatempo, há a possibilidade de extremos de calor no interior da região entre janeiro e fevereiro.

Região Norte

Segundo o Climatempo, a previsão é de tempo muito abafado e temperaturas acima da média em toda a região nos três meses do verão.

E a chuva?

As regiões Sudeste e Centro-Oeste e parte do Sul do país deverão ter chuva acima da média neste verão. A temperatura também tende ser mais alta em praticamente em todo o Brasil - no Norte, por exemplo, pode ficar cerca de 1ºC além da média histórica. O prognóstico faz parte de boletim conjunto publicado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Na semana passada, o Inpe já havia emitido um aviso de que a nova estação deverá ser mais quente e seca no Brasil por causa do fenômeno climático El Niño.

Segundo o documento, na região Sudeste, a previsão para os próximos três meses indica condições favoráveis para chuva acima da climatologia (média histórica), principalmente em Minas Gerais, onde ela pode ser mais frequente.

O Inmet lembra que no verão os dias são mais longos do que as noites, com condição favorável para chuva forte, queda de granizo, vento de intensidade moderada a forte e descargas elétricas.

No Sul, há probabilidade de chuva acima da média no sul gaúcho, segundo o boletim assinado pelos dois institutos federais.

"Nas demais áreas, são previstas chuvas irregulares, com totais podendo atingir valores próximos ou ligeiramente abaixo da climatologia", afirma.

"Os volumes de chuva previstos para a região devem manter os níveis de água no solo elevados, mas com menor probabilidade de gerar excedente hídrico em algumas localidades do Sul nos próximos meses."

No Norte, por outro lado, o documento indica que há predomínio de chuva abaixo da média em grande parte da região, por atuação do El Niño. As condições favoráveis para chuva próxima ou acima da média no trimestre estão nos estados do Acre, Roraima e Amapá, e no sudoeste do Amazonas.

Com base em dados do APEC Climate Center (APCC), centro de pesquisa sediado na Coreia do Sul, o documento diz que há probabilidade entre 80% e 90% de que as condições do El Niño permaneçam até o trimestre março/abril/maio de 2024.

No trimestre seguinte, a chance diminui para 60%, indicando um ligeiro enfraquecimento do fenômeno climático que aquece as águas do oceano Pacífico.

O El Niño também poderá ser decisivo para chuva abaixo do normal para o verão no Nordeste, principalmente no centro-norte da região. "Vale ressaltar que o padrão de águas mais aquecidas no Atlântico sul pode favorecer a ocorrência de chuva mais volumosa no centro-sul da região [Nordeste]", diz o texto.

No Centro-Oeste a tendência para o verão é de chuva próxima ou acima da média histórica em praticamente toda a região, exceto no oeste de Mato Grosso. "No Brasil, o verão é de extrema importância para o setor da agropecuária, geração de energia por meio de hidrelétricas, reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios", lembra o Inmet.