Médicos denunciam ‘botox da Barbie’, que pode deixar paciente sem conseguir levantar a cabeça
Técnica é indicada somente em casos clínicos de contração extrema do músculo
O TEMPO
Mais uma febre da estética invadiu as redes sociais. Desta vez, o “botox da Barbie”, uma técnica para diminuir o aparente tamanho dos ombros e, assim, criar a aparência de um pescoço alongado como o da boneca norte-americana. Mas médicos alertam: o procedimento pode deixar sequelas e dificultar, por exemplo, que o paciente levante a própria cabeça.
O “botox da Barbie” consiste na aplicação de toxina botulínica no músculo do trapézio — musculatura triangular que vai das costas até o pescoço, passando pelos ombros. A prática é indicada originalmente para pacientes com hipercontratura (uma contração extrema) devido a estresse ou má postura. Nesses casos, pequenas quantidades da substância ajudam a diminuir a tensão local com relaxamento muscular.
Ela não é, contudo, indicada para fins exclusivamente estéticos. É o alerta do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cresmesp), que lista a série de sequelas que uma dosagem errada pode causar: dificuldade de elevação das escápulas (ossos na região superior das costas), paralisação completa do músculo e perda da capacidade de manter a cabeça erguida. Ele também alerta que pacientes que já têm o músculo atrofiado não podem realizar o procedimento.
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