Google demite 28 empregados que protestaram por contrato com Israel

Google demite 28 empregados que protestaram por contrato com Israel
Funcionários do Google fazem protesto contra projeto Nimbus — Foto: X @NoTechApartheid / Reprodução
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

Os trabalhadores mostraram cartazes que diziam "Googlers contra o genocídio"

O Tempo     Por Agências 

 

O Google demitiu 28 funcionários que protestaram contra um contrato da gigante tecnológica com o governo de Israel, informou nesta quinta-feira (18) um porta-voz da empresa.  

A decisão está relacionada a uma manifestação organizada na terça-feira pelo grupo "No Tech for Apartheid", que há muito se opõe ao "Projeto Nimbus", um contrato conjunto do Google de US$ 1,2 bilhão com a Amazon para fornecer serviços na nuvem ao governo de Israel. 

O vídeo da mobilização mostrou a polícia prendendo funcionários do Google em Sunnyvale, Califórnia, no escritório do diretor executivo do Google Cloud, Thomas Kurian, de acordo com uma publicação do grupo no X.  

O escritório do Kurian ficou ocupado por 10 horas. Os trabalhadores levavam cartazes que diziam "Googlers contra o genocídio", referindo-se às acusações em torno dos ataques de Israel a Gaza.  

"No Tech for Apartheid" também organizou protestos em Nova York e Seattle, segundo a revista Time, no dia 12 de abril, que informava sobre um projeto de contrato do Google com o Ministério da Defesa israelense por mais de um milhão de dólares por serviços de consultoria. 

Um "pequeno número" de funcionários "perturbou" o funcionamento de algumas sedes do Google, mas os protestos são "parte de uma campanha de longa data por parte de um grupo de organizações e pessoas que em grande parte não trabalham no Google", disse um porta-voz da empresa. 

"Após rejeitarem múltiplos pedidos de saída, as forças de segurança se comprometeram a retirá-los para garantir a segurança do escritório", acrescentou.  

"Realizamos investigações individuais que resultaram na demissão de 28 empregados. Continuaremos investigando e tomando as medidas necessárias", disse.  

Israel é um dos "diversos" governos aos quais o Google fornece serviços de computação na nuvem, disse também o porta-voz. Sua cooperação com o Projeto Nimbus "não é direcionada a cargas de trabalho altamente sensíveis, secretas ou militares relacionadas a armas ou serviços de inteligência", disse ele.

(Agência Brasil)