Endrick sai do banco, marca e define vitória do Brasil sobre o México
Seleção Brasileira se prepara para a Copa América com vitória emocionante em partida disputada nos EUA
Endrick disputou neste sábado (8) o seu terceiro jogo com a camisa da seleção brasileira. Pela terceira vez, o agora ex-jogador do Palmeiras e novo reforço do Real Madrid iniciou a partida no banco de reservas, mas soube aproveitar quando teve a oportunidade de entrar em campo. Com um gol dele nos minutos finais, a equipe comandada por Dorival Júnior venceu por 3 a 2.
No penúltimo amistoso do Brasil antes da disputa da Copa América, Andres Pereira, Gabriel Martinelli e Endrick marcaram os gols brasileiros no estádio Kyle Field, na cidade de College Station, no Texas, nos Estados Unidos, sede da competição entre seleções. Quiñones e Ayala marcaram pela equipe do México.
Como parte de seu planejamento para o período em solo estadunidense, Dorival mandou a campo uma equipe reserva, para dar rodagem a maioria dos atletas que ele convocou para a competição.
A equipe canarinho estreia na Copa América no dia 24, contra a Costa Rica. O Brasil teve somente três titulares com mais de dez partidas pela seleção -- Alisson, Éder Militão e Douglas Luiz-- e uma média de idade dos jogadores de linha foi de 24,5 anos.
Além da falta de entrosamento natural dos atletas, as dimensões menores do campo fizeram diferença no estilo mais técnico dos brasileiros.
Tradicionalmente usado para partidas de futebol americano, o Kyle Field tem um campo de 100 metros de comprimento por 64 metros de largura. Isso representa 740m² a menos do que o padrão dos torneios da elite. Em geral, as medidas utilizadas ao redor do mundo são de 105 metros por 68 metros.
A redução facilitou a marcação do México, que apesar de começar o duelo sendo pressionado, além de sofrer o primeiro gol aos 5 minutos, com Andreas Pereira, conseguiu equilibrar o jogo antes do intervalo e até levar perigo à meta de Alisson.
A equipe da América do Norte precisava mostrar alguma reação, já que entrou em campo sob pressão após a goleada sofrida para o Uruguai, na quarta-feira (5), por 4 a 0, também em amistoso. Antes, na data Fifa de março, já havia perdido a final da Liga das Nações da Concacaf para os Estados Unidos.
Apesar da dificuldade para chegar à meta mexicana na reta final do primeiro tempo, o Brasil manteve sua vantagem. Depois do intervalo, aos 9 minutos, os brasileiros reencontraram o caminho do gol e chegaram ao segundo na partida, com Gabriel Martinelli.
Pouco depois, aos 13 minutos, a organização da partida identificou gritos homofóbicos vindos de uma parte das arquibancadas onde se concentravam torcedores do México. Ao ser avisado, o árbitro de campo paralisou o jogo, enquanto uma mensagem no telão do estádio advertia os torcedores.
A partida foi retomada aos 16 minutos, quando os gritos pararam.
Durante a paralisação, Dorival Júnior aproveitou para fazer as primeiras mudanças na equipe, e promoveu as entradas de Lucas Paquetá, Pepê e Endrick.
Enquanto o trio ainda se encaixava na equipe, a seleção mexicana conseguiu descontar o placar, aos 28 minutos, com Quiñones.
O gol deu confiança para os mexicanos, que chegaram a buscar o empate aos 47 minutos, com Ayala. Mas, no penúltimo minuto de jogo, Endrick conseguiu garantir a vitória brasileira.
Brasil e México se enfrentaram pela 42ª vez na história. A seleção ampliou sua vantagem, agora com 25 vitórias, dez derrotas e sete empates. (Luciano Trindade/Folhapress)
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