Dupla é condenada por morte de adolescente achado em freezer de bar em BH, mas responderá em liberdade

Dupla é condenada por morte de adolescente achado em freezer de bar em BH, mas responderá em liberdade
Vítima foi localizada dentro do freezer do bar, que estava funcionando normalmente quando a PM chegou Foto: BRUNO MENEZES / O TEMPO

Caso aconteceu em setembro de 2021 no bairro Jardim Vitória, na região Noroeste de Belo Horizonte; juíza determinou a liberdade considerando o tempo que os suspeitos já passaram presos

O Tempo    Por José Vítor Camilo

 

Foram condenados nesta segunda-feira (6 de maio), pelo Tribunal do Júri de Belo Horizonte, os dois suspeitos envolvidos na morte de um adolescente de 17 anos que, em setembro de 2021, teve o corpo localizado dentro do freezer de um bar do bairro Jardim Vitória, na região Noroeste da capital mineira. 

Segundo o Fórum Lafayette, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em sessão presidida pela juíza Marcela Oliveira Decat de Mouram, Herbert Nascimento foi condenado pelo homicídio e a ocultação do cadáver, pegando uma pena de sete anos, oito meses e 15 dias de prisão, além de multa. 

Já o segundo envolvido na morte do menor, Breno Boas dos Santos, foi condenado pelos crimes de agressão e ocultação de cadáver, tendo estipulada uma pena de 5 anos em regime semiaberto e multa. 

"Ao estipular a pena, a juíza considerou o período que os acusados permaneceram presos e, por isso, revogou a prisão preventiva de ambos, concedendo- lhes o direito de recorrer em liberdade", completou o Fórum. 

Relembre o caso

O corpo do adolescente de 17 anos foi encontrado dentro do freezer do bar, que estava em funcionamento quando os militares da Rotam chegaram até o local após uma denúncia anônima.

O dono do bar, que tinha 36 anos e era conhecido como Marreco, e a esposa dele, foram presos na época, mas a Polícia Civil ainda investigava o possível envolvimento deles no assassinato da vítima. 

No celular do homem, os policiais encontraram a foto da vítima morta dentro do freezer, o que pode indicar que ele tenha participado do assassinato.  De acordo com o tenente Rafael Batista Neto, ao chegar no local para apurar a denúncia, o proprietário deixou que os militares entrassem.

“Já de imediato a guarnição visualizou vestígios de sangue humano. Eles foram recebidos pelo proprietário e na escada lateral que dá acesso à parte superior do bar foi possível visualizar outros vestígios de sangue”, disse o militar.

No andar superior do bar, os policiais encontraram a esposa do proprietário e mais vestígios de sangue nas paredes.

“Nesse momento, o proprietário apontou que havia um corpo no freezer. Ao entrarem no bar avistaram mais vestígios de sangue humano. No freezer foi encontrado o corpo da vítima”, explicou o tenente na época.