Dorival usa vídeos de Flamengo, São Paulo e Tite como lição de casa a jogadores

Cada atleta chegou para amistosos contra Inglaterra e Espanha ciente do que esperava a comissão técnica da seleção

Por agências

A comissão técnica de Dorival Júnior entende que os vídeos enviados a cada jogador antes dos amistosos na Europa foram decisivos para os bons resultados da seleção brasileira, que venceu a Inglaterra por 1 a 0, no último sábado (23/03), e empatou com a Espanha por 3 a 3 na última terça-feira (26/03).

Dorival e seus auxiliares e analistas prepararam um vídeo sobre tática. A produção foi enviada para os atletas antes da data Fifa. A intenção foi mostrar o que o técnico queria da seleção e otimizar o pouco tempo de treino antes dos dois amistosos.

Cada jogador chegou a Londres ciente do que a comissão esperava. Os vídeos tinham conteúdo geral e também exclusivo para cada posição. 
Dorival separou imagens dos seus trabalhos recentes no Flamengo e no São Paulo e também da seleção de Tite para exemplificar o que depois faria nos treinamentos na Europa.

Duas situações táticas executadas por Tite foram mostradas, mas não houve exemplos de Fernando Diniz, antecessor de Dorival na seleção. O novo técnico verde e amarelo entende que a proposta tática dele se assemelha mais ao que faz Tite.

Lição de casa

A reportagem apurou que a aceitação dos atletas foi boa. A estratégia ajudou os convocados a entenderem mais rapidamente o que Dorival pediu em campo. Alguns jogadores enviaram os vídeos para seus analistas pessoais, para direcionar o trabalho que já fazem, adaptando às demandas da comissão técnica.

O documento tinha a descrição em vídeo do modelo de jogo e o que se esperava nas fases defensiva e ofensiva. Os vídeos foram curtos e de fácil entendimento: três ou quatro exemplos para cada movimentação tática sugerida. 

Dorival evita o "tatiquês" e prefere não rotular seu trabalho com um esquema tático preferido. "São vídeos que detalham o desenho inicial. O comportamento que desejo do atacante na marcação alta, média e baixa. Comportamento da última linha de zaga, pé na linha do meio-campo ou mais atrás. São as funções que podem acelerar o processo", disse o treinador. (Folhapress)