Corpo de menina de 11 anos que estava desaparecida no RJ é encontrado em lixeira
Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, estava desaparecida desde a manhã de segunda-feira (27); um suspeito foi detido
Itatiaia Por Fernanda Rodrigues
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, nesta terça-feira (28), o corpo de Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, dentro de uma lixeira na comunidade Guarabu, na Ilha do Governador, Zona Norte da capital fluminense. A menina não era vista desde às 7h da segunda-feira (27), quando saiu de casa a pé para ir à escola no bairro Moneró, também na Ilha do Governador. As informações são do G1.
Um suspeito, que segundo os pais da criança é irmão da ex-madrasta dela, foi detido. Ele foi encaminhado a delegacia, onde foi ouvido pelos policiais. O caso é investigado na 37ª DP (Ilha).
Segundo os pais de Sophia, o desaparecimento da menina só foi notado depois das 15h. Para tentar encontrar a filha, eles refizeram o caminho da casa da família até a Escola Municipal Belmiro Medeiros, que fica a 20 minutos a pé de distância.
Em um dos caminhos que Sophia poderia ter feito, os pais encontraram um comércio equipado com câmeras de segurança. Ao verificarem as imagens, eles viram a filha acompanhada de um homem às 7h17, pouco depois dela sair de casa.
Os pais levaram as imagens para a delegacia e registraram um boletim de ocorrência. Eles afirmam que um short usado por Sophia no dia do desaparecimento teria sido encontrado na casa do suspeito.
Escola não avisou que menina não havia chegado, diz pai
Em entrevista à imprensa, nesta terça, o pai da menina, o expedidor de voo Paulo Sérgio da Silva, contou que a escola não avisou que a menina não tinha chegado na instituição. “A escola não informou que ela não tinha ido. Então, pensamos que ela estivesse na escola. Ele desviou a minha filha no meio do caminho. Eu reconheci ele nas imagens e a partir daí eu falei: 'É o Júnior’. Esse desgraçado é meu ex-cunhado. A minha filha é apaixonada pela minha ex-companheira e ela sempre ia. Não sei o que ele pode ter dito para a minha filha. Esse cara tirou ela de mim”, disse.
A atual madrastra de Sophia, Thaiane Cirino de Vasconcelos, ainda disse que a filha costumava ir com as amigas para a escola. “Ela vai com as coleguinhas todo dia para a escola. E foi uma dessas amigas que contou que a Sophia estava acompanhada desse homem. Ela deu as características das roupas e passamos a procurá-la. A minha mãe viu ele também com a minha enteada. Esse cara é um conhecido da família. Ninguém espera que um parente pode fazer isso”, acrescentou.
Na delegacia, uma sobrinha do suspeito revelou que foi abusada pelo tio quando tinha 16 anos. Hoje, com 22, ela conta que a mãe não denunciou o crime na época para poupar a avó, que já era de idade.
‘O momento é de ódio total’
Ao ser informado que os policias haviam encontrado o corpo da pequena Sophia, o pai da menina desabafou: “A casa caiu para esse desgraçado. Agora ele vai pagar por tudo que ele fez. Agora ele vai para a cadeia e vai pagar por tudo o que ele fez. Ele ainda está dando sorte porque isso é pouco para o que ele fez. O momento é de ódio total”.
Em relação a ex-mulher, irmã do suspeito, Paulo também comentou que está com "ódio” dela. “A Edna (madrasta) pode ser o que for, mas ela sempre foi uma pessoa que deu muito amor para Sophia. Eu estou cheio de ódio dela porque ela encobriu o estupro da filha dela. Era para ele estar preso ou morto, mas ele teve a oportunidade para fazer isso de novo. Ele sentiu confiança que nada ia acontecer com ele. Mas dessa vez a casa caiu. Tá todo mundo revoltado com esse monstro”, afirmou.
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