Caso Bruno e Dom: mais cincos se tornam réus por ocultação dos corpos
Justiça Federal recebeu denúncia no último dia 10 de junho; quatro ainda vão responder por corrupção de menor
Itatiaia Por CNN Brasil
Mais cinco homens tornaram-se réus por participarem na ocultação dos corpos do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e do jornalista Dominic Mark Philips em junho de 2022. A Justiça Federal recebeu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) no último dia 10 de junho.
Veja o nome dos réus:
- Francisco Conceição de Freitas
- Eliclei Costa de Oliveira
- Amarílio de Freitas Oliveira
- Otávio da Costa de Oliveira
- Edivaldo da Costa de Oliveira
Dos cinco réus, quatro vão responder por corrupção de menor, já que Francisco Freitas tinha menos de 18 anos na época do crime.
A denúncia do MPF não inclui Amarildo da Costa Oliveira e Jefferson da Silva Lima, porque os dois já respondem pelo crime de ocultação de cadáver desde julho de 2022.
Amarildo e Jefferson, junto com Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, serão julgados em júri popular e terão que se defender de crimes diferentes.
No caso de Bruno, por homicídio mediante emboscada e por motivo torpe, ou seja, considerado imoral e repugnante. Já no caso de Dom, por homicídio mediante emboscada e para assegurar a impunidade do assassinato.
Em uma outra investigação, que está sob sigilo e em fase de diligências finais, o Ministério Público pretende identificar os possíveis mandantes dos assassinatos.
Relembre o caso
Bruno Pereira e Dom Philips foram assassinados no dia 5 de junho de 2022 na Terra Indígena Vale do Javari.
O crime ocorreu na zona rural do município amazonense de Atalaia do Norte, uma das maiores reservas de indígenas em isolamento voluntário do mundo.
Dom escrevia um livro sobre a preservação da Floresta Amazônica e Bruno o acompanhava em encontros e entrevistas com lideranças locais.
Bruno Pereira era um dos maiores especialistas em indígenas em isolamento voluntário do Brasil. Era servidor de carreira da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e trabalhava como consultor para a União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).
Por seu trabalho, o indigenista sofria ameaças constantes de garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais.
Dom Phillips era um jornalista inglês veterano que trabalhou em veículos de imprensa como Washington Post, The New York Times e Financial Times. Na época do crime, colaborava para o jornal inglês The Guardian.
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