Caso brigadeirão: Mulher suspeita de matar namorado envenenado se entrega à polícia
Júlia Pimenta compareceu à delegacia no Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (04)
Está presa a mulher suspeita de envenenar o namorado com um brigadeirão, no final de maio, no Rio de Janeiro. Júlia Pimenta se entregou na 25ª Delegacia de Polícia da cidade, na noite desta terça-feira (04 de junho). A psicóloga chegou ao local encapuzada, de cabeça baixa e acompanhada da advogada.
Júlia já tinha prestado depoimento sobre o caso quando o empresário foi encontrado morto. Em seu relato, a mulher demonstrou frieza, sorriu em alguns momentos e confessou que ela e o companheiro tinham uma relação conturbada e estavam separados. Na ocasião, ela não foi presa por falta de base legal. Depois disso, a jovem de 27 anos era considerada foragida pelas autoridades policiais.
O caso:
Júlia é suspeita de ter envenenado um brigadeirão e dado o doce ao namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond. O homem foi encontrado morto no apartamento em que o casal morava, no dia 22 de maio.
Câmeras de segurança do elevador do prédio mostram as últimas imagens de Luiz com vida. No registro, o empresário já aparece passando mal e avisa a companheira que não está bem. Depois desta ocasião, João Marcelo não foi mais visto, mas Júlia aparece sozinha no elevador do prédio e na garagem levando uma vida normal. A Polícia acredita que o empresário já estava morto e que a psicóloga teria ficado no apartamento com o corpo do namorado
"Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria se alimentado. Ela teria, inclusive, nós temos isso filmado, ela teria descido para academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava", contou Marcos Buss, delegado do caso, em entrevista ao Fantástico.
A polícia acredita que Júlia matou o namorado por interesse e para ficar com os bens do empresário. Amigos e familiares da vítima eram contra o relacionamento e afirmaram em entrevistas que a psicóloga tinha interesse em uma união estável com Marcelo:
"Ele sempre falava comigo, que eles brigavam muito e tudo mais. Ele era um cara que tinha medo de casar, que ele falava pra mim, por causa dos bens dele, com medo de separar", disse um amigo de Marcelo ao Fantástico.
Outra prisões:
Uma amiga de Julia, a cigana Suyany Breschack, também foi presa. A polícia acredita que Suyany já sabia do crime antes da morte do empresário. A mulher também teria se beneficiado, já que a cigana ficou com o carro de Marcelo, entregue por Júlia para quitar parte de uma dívida de R$ 400 mil com a amiga.
Para Suyany, Júlia teria confessado que matou o namorado com o uso do medicamento Dimorf, analgésico usado para o controle de dores agudas e crônicas. A suspeita teria dissolvido diversos comprimidos em um brigadeirão servido ao empresário.
O ex-namorado de Breschack também foi preso suspeito de receptação.
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