Candida auris: superfungo teria sido importado para Minas por paciente que viajou para Colômbia
A informação foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti
O Tempo Por Raíssa Oliveira
O primeiro caso de infecção por superfungo Candida auris em Minas teria sido registrado em um paciente que viajou para a Colômbia - país onde o micro-organismo já foi identificado e que viveu surto em 2016. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, nesta quarta-feira (16 de outubro).
"Esse fungo provavelmente veio de um paciente que esteve na Colômbia, onde ele já é comum em hospitais de lá. Por isso a secretaria estadual de Saúde, junto com o João XXIII, pela Fhemig, está fazendo todo o controle epidemiológico destes casos", garante Baccheretti.
A primeira notificação foi confirmada pela SES-MG, no final de setembro, em um paciente que esteve internado no hospital João XXIII até o último dia 26, quando recebeu alta. Desde então, outros três casos já foram confirmados e 24 estão em investigação no Estado. As notificações em apuração são de pessoas que tiveram contato com os pacientes infectados.
"A gente faz testes rotineiros dos pacientes que são contatos desses quatro, e os que vão negativando vão tendo o isolamento descontinuado e alguns deles já estão em casa. Essa testagem é feita fora do ambiente hospitalar", explica.
Até o momento, 39 pacientes já foram testados para o fungo, sendo que dois testaram negativo, mas permanecem internados, e outros nove tiveram a infecção descartada e já receberam alta.
Preocupação é 'dentro do ambiente hospitalar'
Apesar do aumento de casos, o secretário de Saúde tranquiliza a população e diz que o fungo é uma preocupação apenas "dentro do ambiente hospitalar". "Não existe um risco para que a população ache que existe um grande fungo que será transmitido pela população afora. É uma preocupação específica dentro do ambiente hospitalar, e a Fhemig e a secretaria estão tendo muito cuidado em sua condução", garante.
Fábio Baccheretti pontua que a preocupação maior é com pessoas imunossuprimidas. "É um fungo que coloniza a pele, mas afeta as pessoas mais frágeis e que estão nos hospitais. Por isso nossa preocupação é que este fungo não se espalhe por este hospital ou seja levado para outros hospitais", ressalta.
O secretário de Saúde de Minas garante que o governo tem feito uma "vigilância ativa" com testes constantes. "São testes com cotonete swab que passamos nas axilas e virilhas dos pacientes. Vários testes deram negativo e vamos tirando do isolamento e liberando os leitos", finaliza.
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