Afogamentos: mais de 300 mineiros morreram por ano; Bombeiros intensificam treinamento de resgate

Afogamentos: mais de 300 mineiros morreram por ano; Bombeiros intensificam treinamento de resgate
O recruta Sérgio Patrick dos Reis Marques contou a experiência de quando ainda era adolescente e ficou em apuros por não saber nadar. “Uma vez, brincando no rio com meus irmãos e meus amigos, comecei a nadar na parte rasa e fui para a parte funda sem perceber. Quando parei, não consegui mais flutuar e comecei a ter um princípio de afogamento. Sempre tive um pouco de medo de água, mas para entrar no Corpo de Bombeiros fiz algumas aulas, mesmo assim, ainda tinha dificuldade e não conseguia nadar
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Mais de 500 militares da corporação participaram de exercícios de salvamento aquático na Grande BH

Da Redação Hoje em Dia

Nada menos que 2,5 mil mortes por afogamento foram registradas em Minas nos útimos oito anos. A média é de 309 casos por ano, ou praticamente um por dia, segundo dados do Corpo de Bombeiros. No país, 15 brasileiros perdem a vida a cada 24 horas, conforme a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

Um levantamento feito pelos Bombeiros traçou o perfil dos óbitos no Estado. A maioria é fomada por homens, com idade média de 25 anos. É praticamente 10 vezes maior a incidência de afogamentos de homens do que de mulheres.

Os números reforçam a importância do socorro às vítimas. Na tentativa de garantir resgate imediato, mais de 500 bombeiros se revezaram, na semana passada, em um dia inteiro de atividades na água, desafiando o limite físico e superando a barreira dos 1.200 metros de exercícios de salvamento aquático. 

O percurso foi feitona Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, na Grande BH. A atividade, chamada de 'Travessia 2024', foi feita sem o auxílio de equipamentos, em profundidades que podem chegar a 12 metros.

O recruta Sérgio Patrick dos Reis Marques contou a experiência de quando ainda era adolescente e ficou em apuros por não saber nadar. 

“Uma vez, brincando no rio com meus irmãos e meus amigos, comecei a nadar na parte rasa e fui para a parte funda sem perceber. Quando parei, não consegui mais flutuar e comecei a ter um princípio de afogamento. Sempre tive um pouco de medo de água, mas para entrar no Corpo de Bombeiros fiz algumas aulas, mesmo assim, ainda tinha dificuldade e não conseguia nadar nem 75 metros. No curso e com a ajuda dos instrutores, já fiz prova de 400 metros, algo que eu imaginava ser impossível. Aqui, na Lagoa dos Ingleses, consegui fazer a travessia de 1.200 metros”, contou.

Prevenção
Para reduzir os números tão significativos, é imprescindível reforçar as ações de prevenção e conscientização dos cuidados a serem tomados nos momentos de lazer. Confira outras dicas de segurança:

  • Crianças só devem nadar sob supervisão de um adulto;
  • Não entre na água em locais que você não conheça. Antes disso, descubra características do local, como profundidade e força da correnteza;
  • Nunca ultrapasse faixas e placas de avisos de perigo. Sempre fique atento à sinalização de segurança do local;
  • Não entre na água após refeições pesadas;
  • Não salte de locais elevados para dentro da água nem mergulhe de cabeça, pois a água pode esconder tocos de madeira, pedras e objetos pontiagudos;
  • Evite brincadeiras de mau-gosto, como: "caldos", "trotes" ou "saltos";
  • Não se afaste da margem;
  • Se começar a chover e relampejar, saia da água;
  • Nunca nade perto de embarcações, por causa do risco de ser atingido;
  • Em caso de afogamento, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar (193);