Policial que atingiu e matou torcedor do São Paulo é indiciado por homicídio culposo
Caso aconteceu em setembro do ano passado, após a final da Copa do Brasil
O policial militar que atingiu e matou um torcedor do São Paulo com um tiro de “bean bag”, de menor potencial ofensivo, após a fina da Copa do Brasil, em setembro de 2023, foi indiciado em Inquérito Policial Militar (IPM) por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o cabo Wesley de Carvalho Dias responde em liberdade pela morte de Rafael dos Santos Tercílio Garcia. O policial foi indiciado no fim do ano passado. A conclusão foi enviada à Justiça Militar.
Pelo código militar, homicídio culposo tem pena prevista de dois quatro anos de prisão. Ele responde também a um inquérito instaurado pela Polícia Civil, ainda sem indiciamento. A reportagem tenta contato com a defesa do policial.
Como foi a morte
Rafael estava nos arredores do estádio em que o tricolor havia jogado contra o Flamengo. Ele tinha deficiência auditiva, era membro da ala de pessoas portadoras de deficiência da torcida organizada “Independente” e, junto de outros são-paulinos, comemorava o título da Copa do Brasil.
Conforme a SSP, policiais militares atuavam no controle da multidão, até que ele foi encontrado caído, com um ferimento na cabeça.
Ainda segundo a SSP, a contenção no local envolveu o uso de munições de menor potencial ofensivo, como as “bean bags”, além de elastômeros e jatos de água.
O protocolo da corporação estabelece que um disparo com a bala tem de ser feito a uma distância mínima de 6 metros, para evitar grandes danos.
Além do artefato de bean bag, que atingiu a cabeça do torcedor, a perícia ainda achou mais três munições do mesmo tipo do lado de fora do estádio do Morumbi.
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