Paranaense de 26 anos morre na guerra da Ucrânia após quase dois anos no conflito

Paranaense de 26 anos morre na guerra da Ucrânia após quase dois anos no conflito
murilo-dos-santos-brasileiro-morto-em-combate-na-ucrania.jpg O jovem havia dito para a mãe que não queria mais voltar para o Brasil, a não ser que fosse para visitar Reprodução/Redes sociais
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

Murilo Lopes Santos lutava voluntariamente na guerra desde 2022, ano em que o conflito começou

Itatiaia     Por  

 

Nascido em Castro, no Paraná, Murilo Lopes Santos, de 26 anos, morreu em combate na Guerra da Ucrânia, na cidade de Zaporizhzhia. A família dele soube por um colega de combate, que entrou em contato com o pai do jovem pelo WhatsApp, na última sexta-feira (5).

A mãe de Murilo, Rosângela Pavin Santos, disse em entrevista ao G1 que ele se alistou para a guerra voluntariamente, e chegou na Ucrânia em novembro de 2022, mesmo ano em que o conflito teve início. Ela também disse que o filho não queria mais voltar ao Brasil para morar, e só voltaria para visitar.

“Ele falava: 'É muito covarde o que fizeram com a Ucrânia e eu quero defender’. E aquilo ficou na cabeça, no coração dele. Era o ideal que ele tinha”, disse a mãe. Rosângela afirma que não apoiava a decisão do filho, mas não conseguiu impedir que ele fosse para a Ucrânia.

Antes de ir para a Europa, Murilo serviu o Exército brasileiro na cidade em que nasceu, por cerca de um ano e meio, e só deixou a instituição porque cumpriu o tempo de serviço militar. Seguir a carreira militar era um sonho do jovem, de acordo com a mãe.

O último contato entre os dois aconteceu na terça (2), por mensagem, antes de Murilo partir em uma nova missão. “Quando ele foi, mais no início, ele ligava até chamada de vídeo. Mas ultimamente estava bem mais complicado, era só por mensagem escrita, sem áudio. Fazia uns dois meses e pouco que eu não ouvia a voz dele”, contou.

Agora, a família tenta trazer o corpo de Murilo para o Brasil, mas eles não sabem com quem falar, porque ninguém da Ucrânia ou de embaixadas fez contato com a família, segundo Rosângela. A família tem apenas o contato de outro brasileiro, do Rio Grande do Sul, que também está lutando no conflito.

 

*Sob supervisão de Felippe Drummond