Exame de motorista que invadiu torneio leiteiro e atropelou mais de 10 pessoas em Juiz de Fora dá negativo para insanidade mental
Com isso, o réu não foi declarado inimputável — aqueles incapazes de discernir os atos. Além disso, o pedido de Habeas Corpus solicitado pela defesa foi negado e ele seguirá preso. Atropelamento aconteceu em setembro do ano passado e deixou 3 mortos e 9 feridos.
Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
Geovani Schaeffer, de 24 anos, que dirigia o carro que atropelou mais de 10 pessoas no estacionamento do Estádio Municipal, durante o Torneio Leiteiro de Juiz de Fora, passou por um exame de insanidade mental e o resultado foi negativo, ou seja, nenhum problema de saúde mental foi detectado.
Com isso, o réu não foi declarado inimputável — aqueles incapazes de discernir os atos — pela Justiça. Além disso, o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do homem foi negado e ele seguirá preso. O atropelamento aconteceu em setembro do ano passado e deixou 3 mortos e 9 feridos.
Na decisão dada no dia 26 de junho deste ano, os desembargadores negaram o pedido da defesa devido à complexidade do caso e o número de vítimas.
"Adentrando ao mérito da impetração, verifico que não merece prosperar a pretensão liberatória em apreço", citou a decisão
O g1 entrou em contato com o advogado de defesa, Walmir da Silva, e aguarda retorno. Geovani Schaeffer permanece preso desde o dia 27 de outubro do ano passado no presídio de Eugenópolis.
- Segundo a polícia, o motorista teria se envolvido em uma briga com desconhecidos. Ele, então, deixou a festa, buscou o carro e entrou no espaço em alta velocidade, atropelando quem estava na frente;
- Ao todo, foram 12 pessoas atropeladas. Dois veículos que estavam estacionados também foram atingidos;
- Dionizia Marinho Lopes, de 56 anos, morreu na hora;
- Helena de Macedo, de 3 anos, estava no colo da mulher, foi socorrida, mas morreu na madrugada do dia 11 de setembro;
- Elear Maria Faião, de 58 anos, que também foi atingida pelo carro, morreu quase 25 dias depois do atropelamento;
- Após o crime, o motorista foi espancado e socorrido em estado grave. Ele tem passagens criminais por agressão à ex-companheira e por desentendimento familiar;
- Vítimas e testemunhas do atropelamento foram ouvidas pela Polícia Civil;
- A hipótese de acidente alegada pela defesa de Geovani foi descartada pela polícia, que afirmou que a tragédia foi intencional;
- Após finalização do inquérito, o motorista responde por homicídio triplamente qualificado — três consumados e oito na forma tentada na Justiça.
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