Motorista que invadiu torneio leiteiro e atropelou mais de 10 pessoas em Juiz de Fora é ouvido em audiência
Geovani Schaeffer está preso em Eugenópolis e prestou depoimento de forma remota. Uma testemunha também foi ouvida nesta segunda-feira (11). Segundo o Tribunal de Justiça, ainda não há data para o julgamento.
Por g1 Zona da Mata — Juiz de Fora
Foi ouvido nesta segunda-feira (11) Geovani Schaeffer, motorista que causou um atropelamento em série durante o Torneio Leiteiro das Campeãs, evento que era realizado no estacionamento do Estádio Municipal, em Juiz de Fora
Além do motorista, uma testemunha também foi ouvida nesta segunda. Outras quatro audiências já haviam acontecido, colhendo relatos de vítimas e testemunhas.
Geovani Schaeffer está preso em Eugenópolis e prestou depoimento de forma remota. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado pelas três mortes e oito tentativas.
Segundo o Tribunal de Justiça, o julgamento não tem uma data definida para ser realizado. O g1 fez contato com a defesa do réu e aguarda retorno.
Carro que atropelou mais de 10 pessoas no Torneio Leiteiro em Juiz de Fora — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
O acidente
Segundo informações registradas na PM, o motorista teria se envolvido em uma briga com desconhecidos durante a festa, saído do local, buscado o carro e entrado em alta velocidade pelo estacionamento, jogando o veículo contra o grupo.
Após o quebrar o gradil, avançar com o automóvel em área proibida e atropelar as vítimas, Geovani foi espancado por populares. Ele foi levado em estado grave para o HPS, onde precisou ser entubado e permaneceu hospitalizado por aproximadamente 50 dias.
Vídeo mostra momento em que motorista retorna e invade torneio leiteiro em Juiz de Fora
Com a conclusão do inquérito policial, virou réu, respondendo por homicídio triplamente qualificado - três consumados e oito na forma tentada. As qualificadoras são motivo torpe, recurso que dificulte ou impossibilite a defesa da vítima e vítima menor de 14 anos.
Em junho deste ano, a defesa do motorista entrou com pedido de avaliação de insanidade mental, mas o resultado foi negativo. Com isso, ele não foi declarado pela Justiça como inimputável — aqueles incapazes de discernir os atos. O pedido de habeas corpus também foi negado, o mantendo preso.
Vítimas
Das vítimas fatais, Dionizia Marinho Lopes, de 56 anos, morreu na hora. Helena Peters de Macedo, de 3 anos, teve óbito confirmado dois dias depois do acidente, na Santa Casa de Misericórdia. Já Elear Maria Faião, de 58 anos, ficou internada por mais de 25 dias, mas também não resistiu.
Outras nove pessoas também ficaram feridas e precisaram passar por atendimento médico e internação. À época, a reportagem acompanhou a situação de Carlos Damião Clemente, que ficou dias internado no HPS até ser transferido para o Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), onde teve alta no dia 28 de setembro, 19 dias após a tragédia.
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