Matadores e chefes do tráfico: Polícia Civil prende 12 suspeitos dos crimes; entenda
Apenas um dos presos, já condenado, tem mais de 100 anos de condenação
Por Raquel Penaforte O Tempo
Doze criminosos de alta periculosidade foram presos durante uma operação conjunta das polícias Civil de Minas Gerais e de outros estados. O grupo estava foragido da Justiça. Segundo o chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Felipe Freitas, todos os detidos eram apontados como líderes do tráfico de drogas, além de executores de homicídios.
"Essa operação teve o objetivo de prender indivíduos que abasteciam o tráfico de drogas para Belo Horizonte. Eles não tinham relação entre si, mas cooperavam para que a rota da droga chegasse à capital", disse. Houve apreensão de armas, drogas e um veículo. Alguns dos presos reagiram à prisão, usando documentos falsos para camuflar a verdadeira identidade e até violência contra a equipe de polícia.
Presos
Os doze alvos foram localizados em diferentes regiões, algumas delas distantes dos pontos onde chefiavam o tráfico de drogas, incluindo outros estados:
- Um homem de 36 anos, conhecido como Bolinha, foi preso em Juatuba, mas chefiava o tráfico em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte;
- Outro suspeito, de 28 anos, também foi preso em Ribeirão das Neves, onde traficava;
- Conhecido como Urso, um homem de 38 anos, que tinha como função torturar pessoas que deviam ao tráfico, foi preso em Sardoá, no Vale do Rio Doce;
- O Deda, de 31 anos, atuava no Barreiro, mas foi preso em Ibirité, na Grande BH;
Já o Marreco, Jogador ou Dk (apelidos pelos quais era conhecido), atuava no bairro Lagoa, mas foi preso em Caetanópolis, na região central de Minas Gerais;
- Um homem de 34 anos, conhecido como Titanic, atuava em Divinópolis e Pará de Minas. Ele, que já tinha passagens por latrocínio e homicídio, foi preso em São Paulo;
- O Pote, de 36 anos, foi preso em Divinópolis, mesmo local onde cometia os crimes, a maioria furtos e roubos de veículos;
- Um homem de 33 anos, o Molinha, atuava em Ribeirão das Neves e foi preso em Belo Horizonte;
- Outro de 34 anos, o Corujinha, que furtava, roubava e tinha passagens por tráfico e homicídio, foi preso em Pitangui;
- Um homem de 22 anos, sem alcunha conhecida pela polícia, que liderava o tráfico em Perdigão, foi preso em Araújos;
- O Berrão, como é conhecido um homem de 29 anos, membro do Comando Vermelho, chefiava o tráfico no Morro do Papagaio, em Belo Horizonte, mas foi preso na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele era responsável por enviar drogas ao estado do Pará;
- O Senhor das Armas, Tamu ou Veinho, um homem de 37 anos que atuava em Venda Nova, foi preso em Foz do Iguaçu por tráfico e contrabando de armas para outros países que fazem fronteira com o Brasil.
Segundo o delegado, houve troca incessante de informações entre as polícias civis de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará, além de ações de diferentes delegacias do Estado.
Operação Cerco Fechado
A operação Cerco Fechado, da Polícia Civil, começou no início de 2024, através de um serviço de inteligência da corporação. “No departamento, definimos nossos alvos e atuamos na captura deles. Eles já são indivíduos com extensa ficha criminal, com condenações. Um deles, inclusive, foi condenado a mais de 100 anos de detenção”, acrescentou.
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