Linguiça artesanal vira patrimônio cultural e imaterial de JF
Lei visa à proteção e à preservação da linguiça artesanal como bem constitutivo na memória cultural da cidade
Fonte: Tribuna de Minas
A linguiça artesanal fabricada em açougues e indústrias com registro na Prefeitura de Juiz de Fora, a partir desta quarta-feira (3), passa a fazer parte do patrimônio cultural e imaterial do município. A lei foi promulgada pela Câmara Municipal e também institui, em seu parágrafo único, a data de 15 de julho como o Dia da Linguiça Artesanal no âmbito de Juiz de Fora, devendo sua comemoração passar a integrar o calendário oficial de eventos da cidade.
De iniciativa do vereador Cido Reis (PSB), a lei visa à proteção e à preservação da linguiça artesanal como bem constitutivo na memória cultural da cidade. A regra ainda prevê que fica de responsabilidade dos órgãos competentes de política de proteção e promoção do patrimônio cultural realizar medidas técnicas que assegurem a linguiça artesanal fabricada em açougues e indústrias com registro na Prefeitura na averbação de bens culturais de Juiz de Fora.
A data de 15 de julho foi instituída como o Dia da Linguiça Artesanal no âmbito de Juiz de Fora, devendo sua comemoração passar a integrar o calendário oficial de eventos da cidade (Foto: Arquivo Tribuna de Minas)
Notoriedade nacional
Como justificativa do projeto que agora passa a ser lei, Cido Reis destacou que a linguiça artesanal é um produto reconhecidamente mineiro, e, assim como o queijo Serra da Canastra foi assumido como patrimônio da região, seria justo fortalecer o mercado gastronômico juiz-forano a partir de uma iniciativa para enaltecer a linguiça artesanal, que é considerada um dos produtos locais de maior notoriedade nacional.
O projeto, em sua proposta, coloca como objetivo o estímulo aos produtores locais de linguiça genuinamente juiz-forano, a fim de salvaguardar o produto como patrimônio municipal, colaborando para o fomento do mercado e para alçar Juiz de Fora no circuito nacional gastronômico.
Como destaca o texto, “inúmeros são os açougues no município que produzem a própria linguiça, inclusive as saboreadas, inovação vanguardista da região”. Ressalta ainda que a proposição da lei também busca movimentar o mercado de trabalho, de maneira a ampliar os postos de emprego bem como fomentar a criação de cursos e workshops de especialização no fabrico da linguiça na cidade.
A proposta do vereador finaliza chamando a atenção para o fato de que, ao tornar a linguiça produzida por produtores locais patrimônio do município, haverá, como reflexo imediato, a promoção do turismo em Juiz de Fora, uma vez que a linguiça artesanal, transformada em referência, torna-se digna de integrar o roteiro da gastronomia de qualidade no Brasil.
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