Laudo pericial aponta que acidente na Serra do Bandeirantes foi causado pela motorista do outro carro; uma criança morreu e outra está em estado grave
O acidente envolveu o carro dirigido pela motorista de 36 anos, que estava sozinha, e um veículo de aplicativo, onde estava a família do pequeno Ângelo Gabriel, de 2 anos. A defesa da condutora disse que aguarda o desenrolar do inquérito para se posicionar novamente.
Por g1 Zona da Mata e TV Integração — Juiz de Fora
O resultado do laudo pericial, divulgado nesta segunda-feira (21), apontou que Marinne Oliveira foi a causadora do acidente que matou um menino de 2 anos e deixou a irmã dele, de 9 anos, gravemente ferida na Serra do Bandeirantes, em Juiz de Fora.
A defesa da condutora informou que irá aguardar o desenrolar do inquérito para se posicionar.
O acidente, registrado no dia 13 de outubro, envolveu dois veículos: o carro dirigido por Marinne, de 36 anos, que estava sozinha, e um veículo de aplicativo, onde estavam três irmãos, de 2, 6 e 9 anos, os pais e o motorista.
Na quarta-feira (16), o menino Ângelo Gabriel, de 2 anos, teve morte cerebral. A irmã dele, de 9 anos, segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Misericórdia em estado grave. Os outros feridos tiveram alta um dia após o acidente.
Bombeiros indica hálito etílico
Em entrevista à TV Integração nesta segunda-feira (21), o delegado Rodolfo Rolli, responsável pelas investigações do caso, disse que a perícia feita no local do acidente confirmou que a batida foi causada pela motorista de 36 anos:
"Inicialmente, o laudo aponta que a condutora do veículo foi a causadora do sinistro, uma vez que ela invadiu a contramão, subindo a Serra do Bandeirantes, explicou o delegado.
O delegado informou, ainda, que três bombeiros e mais dois policiais militares foram ouvidos nesta segunda e teriam afirmado em depoimento que a motorista apresentava hálito etílico.
"Hoje nós ouvimos três bombeiros militares, sendo que um oficial afirmou categoricamente que, ao atender a ocorrência, sentiu hábito elítico na condutora causadora do acidente, bem como os sinais visíveis de embriaguez, olhos vermelhos e andar cambaleante. Posteriormente, [ouvimos] dois policiais militares, e um deles também reforçou categoricamente que ela estava sob efeitos de bebida alcoólica".
Os pais das crianças, o motorista de aplicativo, uma testemunha e dois policiais militares que atenderam a ocorrência também já foram ouvidos. Com a morte de Ângelo, o caso passou a ser investigado como homicídio culposo - quando não há intenção de matar.
Segundo o delegado responsável, também serão ouvidos os socorristas do Samu que participaram da ocorrência: "Nós também vamos requisitar o prontuário médico, pois ela [condutora] tomou soro. Nós queremos saber se esse soro foi glicosado ou não, porque isso automaticamente influencia o resultado do exame médico que ela fez na delegacia para comprovar ou não".
Por fim, ele disse não haver requisitos para pedir a prisão preventiva da condutora, que tem emprego e residência fixa. Ela deve ser ouvida no andamento das investigações.
A TV Integração fez contato com o advogado de defesa dela, que preferiu não comentar o resultado do laudo, dizendo que vai aguardar as apurações.
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