Justiça deValência informa que há 89 desaparecidos após enchentes na Espanha
Pelo menos 219 pessoas também morreram após as inundações que atingiram o país há uma semana
O Tempo Por Agências
A Justiça de Valência informou, nesta terça-feira (5), que há registro de 89 casos de pessoas desaparecidas nesta região após as enchentes que atingiram a Espanha há uma semana. Esta é a primeira vez que as autoridades divulgam um número de pessoas não encontradas após a catástrofe. Pelo menos 219 pessoas morreram.
"As equipes mistas de legistas e forças de segurança contabilizam 89 casos de desaparecidos", informou na rede social X o Tribunal Superior de Justiça da região de Valência.
O governo espanhol também anunciou hoje um plano de ajuda de 10,6 bilhões de euros (11,55 bilhões de dólares ou 66,8 bilhões de reais) para pessoas e empresas afetadas pelas inundações.
“O Governo da Espanha procede com a ativação de ajudas diretas aos cidadãos e às empresas afetadas, assim como fizemos durante a pandemia, com o mínimo de burocracia possível e com a maior rapidez e agilidade possíveis”, afirmou o chefe do Executivo, o socialista Pedro Sánchez, em coletiva de imprensa após um conselho de ministros.
Ele indicou ainda que o Governo cobrirá "100%" as despesas efetuadas pelas prefeituras para ajudar os seus moradores e para limpar as ruas, ainda cheias de escombros.
“O investimento total de todas estas primeiras medidas impostas ultrapassará os 10,6 bilhões de euros” (cerca de 66,8 bilhões de reais), declarou o líder socialista.
Segundo o Executivo, a eletricidade foi restaurada em "98% das residências" e "68%" das linhas telefônicas danificadas foram reparadas. Além disso, 40 quilômetros de estradas e 74 quilômetros de ferrovias também foram restaurados.
"Não estamos bem"
Na região de Valência, porém, a situação continua muito complicada uma semana depois da catástrofe provocada na última terça-feira pelas fortes chuvas. Em alguns lugares, choveu em algumas horas ou equivalente a um ano.
Em Paiporta, localidade próxima à cidade de Valência, que dá nome à região, considerada o epicentro da catástrofe com mais de 70 mortos, os moradores já têm água potável, mas as ruas continuam bloqueadas por veículos empilhados pela força das águas.
(AFP)
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