Ipês e Quaresmeiras: Espetáculo natural nas cidades brasileiras durante a floração
Entenda as diferenças entre as duas árvores que colorem as ruas com suas flores vibrantes
Por Plox
Nas cidades brasileiras, especialmente em Belo Horizonte, dois tipos de árvores chamam a atenção por suas cores vibrantes: os ipês e as quaresmeiras. A floração dessas espécies, além de embelezar ruas e avenidas, gera curiosidade sobre suas características e diferenças. Em entrevista ao g1 Minas, o ecólogo Geraldo Fernandes, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esclarece pontos cruciais sobre essas plantas que decoram o cenário urbano.
Características e Época de Floração
A principal diferença entre as duas árvores está no período de floração. As quaresmeiras florescem durante a Quaresma, geralmente entre os meses de fevereiro e abril, apresentando flores nas cores roxa e rosa. Já os ipês florescem no inverno, com uma sequência de cores que vai das flores roxas às amarelas, rosas e, por último, as brancas. Segundo Fernandes, "os ipês podem florescer de abril a outubro, dependendo da espécie".
Outra diferença importante está nas sementes. As quaresmeiras possuem sementes que são quase um pó, facilmente dispersas pelo vento, enquanto os ipês têm sementes com membranas que lembram asas, também levadas pelo vento, mas capazes de germinar em cerca de 30 dias após caírem das árvores.
Desafios Urbanos para a Sobrevivência
Ambas as espécies enfrentam desafios em ambientes urbanos, como a poluição, a variação de temperatura e a presença de pragas e parasitas. Ainda assim, elas se adaptam e continuam a florescer, trazendo beleza e cor para as cidades. "Nas cidades, a temperatura é mais quente e pode comprometer a vida destas árvores", afirma Fernandes, destacando a importância do cuidado e manutenção para a preservação dessas espécies.
Identificação e Curiosidades
As quaresmeiras e os ipês não possuem flores perfumadas, mas atraem insetos polinizadores pela cor e forma de suas flores. Quanto à identificação, as espécies são conhecidas cientificamente como Tibouchina granulosa (quaresmeira) e Tabebuia (ipês), com variações como o ipê-amarelo (Tabebuia alba), ipê-rosa (Tabebuia impetiginosa), ipê-branco (Tabebuia roseoalba) e ipê-roxo (Tabebuia uliginosa).
Através do esclarecimento dessas características, Fernandes contribui para a valorização e o reconhecimento das diferenças entre ipês e quaresmeiras, duas árvores que enriquecem o paisagismo urbano e despertam admiração pela sua beleza natural
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