Hospital no Vale do Aço está 'no limite' devido ao surto de dengue e chikungunya
Hospital Márcio Cunha (HMC) pediu para que a população busque a urgência e emergência no Pronto-Socorro da unidade apenas em casos de extrema necessidade
Por Rayllan Oliveira O Tempo
O Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga, na região do Vale do Aço, afirmou que opera em níveis críticos devido ao surto de dengue e chikungunya que atinge todo o estado de Minas Gerais. Em comunicado publicado nesta sexta-feira (26 de janeiro), a unidade de saúde informou que a capacidade de atendimento atingiu seu limite máximo. Conforme o painel de monitoramento de casos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em 2024, o Vale do Aço tem 4.355 casos de chikungunya confirmados e 1.253 de dengue. Em todo o estado são 21.573 casos de dengue e 5.867 de chikungunya.
"O HMC solicita a colaboração de toda a comunidade, para que busque o atendimento de urgência e emergência no Pronto-Socorro do Hospital apenas em casos de extrema necessidade", publicou nas redes sociais. A instituição acrescentou que conta com a compreensão e a colaboração da população, e definiu o momento como um cenário crítico de saúde coletiva, por causa do aumento dos casos de arboviroses (causadas por vírus transmitidos mosquito Aedes aegypti. "O hospital reitera seu compromisso em aplicar todos os recursos disponíveis para atenuar os efeitos e assegurar cuidados de excelência aos usuários, com o intuito de aprimorar o suporte à comunidade", completou.
A cidade de Ipatinga, onde o hospital está localizado, tem 650 casos de dengue confirmados e 1.855 de chikungunya em 2024, segundo painel de monitoramento dos casos da SES-MG. O município não teve óbitos confirmados pelas doenças neste ano. No dia 5 de janeiro, Ipatinga decretou situação de emergência por causa do alto índice de infestação do mosquito aedes aegypti. A medida,
De acordo com o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), publicado na primeira semana de novembro de 2023, o índice de infestação do mosquito na cidade estava em 3,6%. Esse índice é considerado de médio risco, uma vez que, segundo os critérios das faixas de avaliação do Ministério da Saúde, o aceitável é abaixo de 1%.
Para conter os casos de arboviroses, o município afirmou que tem intensificado as ações, incluindo o uso do carro fumacê com inseticidas. "A Secretaria de Saúde utiliza duas técnicas: aplicação com termonebulizador veicular e UBV Pesado", afirmou a prefeitura para a reportagem de O TEMPO.
Também são realizados mutirões de limpeza em lotes vagos e áreas de construção, além de visitas nas casas dos moradores. A expectativa é de que até o dia 12 de janeiro, mais de 4 mil imóveis sejam visitados pelas equipes, formadas por 70 Agentes de Combate a Endemias (ACE’s), supervisores e técnicos.
conforme o texto no Diário Oficial do Município (DOM), foi adotada diante do iminente perigo à saúde pública e vale por 90 dias.
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