Empresa mineira busca prédios de R$ 2 bilhões, após negociar o mais caro do país

Empresa mineira busca prédios de R$ 2 bilhões, após negociar o mais caro do país
Sócio-executivo da Primaz João Roscoe — Foto: Daniel de Cerqueira/O TEMPO
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Primaz Corporate vendeu edifício onde funciona a sede do Itaú, em São Paulo, por R$ 1,5 bilhão

O Tempo   Por Gabriel Rodrigues 

 

Fundada em Belo Horizonte há duas décadas, a Primaz Corporate é a empresa que intermediou a venda do prédio até então considerado o mais caro do Brasil, o Faria Lima 3500, em São Paulo, vendido para o banco Itaú por quase R$ 1,5 bilhão. Agora um nome popular, ela mira valores ainda mais altos e tem outros empreendimentos em vista, no Rio de Janeiro e em São Paulo, que podem ultrapassar os R$ 2 bilhões ainda neste ano, segundo o sócio-executivo da Primaz, João Roscoe.

“Trabalhamos muito na provocação, criamos bastante negócios. Estamos prospectando uma ou duas opções que acho que superarão R$ 1,5 bilhão”, diz ele. A Primaz é uma empresa de intermediação e estruturação de transações para grandes ativos imobiliários. Ela intermediou, por exemplo, a venda de parte do Diamond Mall pelo Atlético-MG em 2023. 

Não são negócios em que se vê uma placa de “Vende-se” na porta. O trabalho, explica Roscoe, é mais pessoal, baseado na identificação de possíveis clientes antes mesmo que eles próprios tenham expressado esse desejo. Além do mercado de altíssimos valores, a Primaz também atua no setor de prédios relativamente mais baratos, a partir de R$ 5 milhões. Neste ano, projeta um volume de transações na casa dos R$ 4 bilhões.

Para ser considerado um “triple A”, uma alta classificação de qualidade, um edifício precisa comprovar padrões de tecnologia e sustentabilidade e ter uma localização relevante, por exemplo. “Para chegar nesses valores, o prédio tem que ter características únicas, especificamente a localização, o tamanho, o padrão construtivo, certificações de sustentabilidade. Tudo isso faz um prédio atingir um patamar, como o do Itaú, que chegou a R$ 58 mil o metro quadrado”, explica Roscoe. Essas características não são subjetivas, mas medidas por padrões internacionais utilizados em certificações que atestam a qualidade do edifício. São levados em conta, por exemplo, a área da laje e o pé direito (distância do chão ao teto).

 

Faria Lima 3500, prédio até então mais caro do Brasil
Prédio Faria Lima 3500 (Crédito: Google Street View/Reprodução)

 

Em Belo Horizonte e região, o panorama de prédios corporativos de alto luxo é muito menor que o de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Roscoe cita alguns exemplos de edifícios próximos desse padrão, como o Statement, na avenida do Contorno, na Savassi, e o Concórdia Corporate, em Nova Lima. “Existe uma demanda para prédios corporativos nível A em Belo Horizonte”, pontua o executivo. 

Um mercado ascendente na região é o de galpões logísticos na região metropolitana, notavelmente em Betim e em Contagem. “Participamos com muita força do mercado de logística. Em 2022, das cinco maiores operações de logística do Brasil, duas foram nossas e em Betim. Nós vendemos o galpão da LOG e 40% do Parque Torino, operações com volume acima de R$ 200 milhões, cada uma. O mercado de Betim está bem pulsante, tem muita coisa nova”, conclui.