Dudu se chateia com Leila Pereira, diz que não vai para o Cruzeiro e dará sua versão

Dudu se chateia com Leila Pereira, diz que não vai para o Cruzeiro e dará sua versão
Revelado pelo Cruzeiro, Dudu está desde 2015 no Palmeiras, onde é multicampeão Foto: CESAR GRECO
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Atacante não gostou de declarações da presidente do Palmeiras, que deu seu ciclo no Porco como encerrado

O Tempo Sports     Por Agências

 

A declaração de Leila Pereira de que o ciclo de Dudu no Palmeiras acabou e que espera que ele cumpra o acordo com o Cruzeiro desapontou o jogador. Ele recebeu com irritação e chateação as falas da presidente, mas quer permanecer no clube paulista e deve dar sua versão da negociação pela primeira vez nesta terça-feira. Sua ideia é não se pronunciar nesta segunda porque o time enfrenta o Atlético-MG, às 20h30 (horário de Brasília), em Belo Horizonte, pelo Brasileirão.

O CEO de futebol Alexandre Mattos, ex-Palmeiras e atualmente no Cruzeiro, sondou a situação de Dudu há cerca de algumas semanas. Foi o próprio jogador quem informou ao diretor de futebol Anderson Barros e Leila de que havia sido procurado. Incerto sobre seu futuro no time alviverde, e também sem a segurança de que voltará a ter espaço com o técnico Abel Ferreira, ele topou conversar com os mineiros.

André Cury, empresário de Dudu, informou ao Palmeiras sobre o interesse do Cruzeiro e a diretoria alviverde aceitou fazer negócio sem maiores ressalvas. Vale ressaltar que o clube sempre se mostrou aberto a negociar, o que surpreendeu o estafe do jogador.

Dudu, Cruzeiro e Palmeiras: entenda negociação e veja linha do tempo

A primeira proposta foi considerada muito baixa e o Palmeiras pediu mais. Posteriormente, a oferta subiu para US$ 4 milhões (cerca de R$ 21,6 milhões), agradando o clube paulista. O atleta gostou, porque também lhe foram oferecidos valorização salarial de R$ 300 mil e quatro anos de contrato, com possibilidade de extensão por mais um, a depender do cumprimento de metas.

Apesar do acordo entre as três partes, o contrato não foi assinado porque ainda faltavam os exames médicos do jogador. No sábado, como forma de pressionar o atleta, o Cruzeiro, por recomendação de Mattos, publicou que havia um acordo entre os envolvidos. Um dos filhos de Dudu, Pedro, de 11 anos, soube do negócio pelas redes sociais e avisou ao pai que não iria se mudar para Belo Horizonte. O atacante, então, começou a reavaliar sua posição.

Dudu recebeu amigos e lideranças da Mancha Alviverde, principal organizada do Palmeiras, em sua casa. Ele conseguiram demovê-lo da ideia de deixar o clube. O próprio Dudu foi quem procurou a uniformizada e afirmou na conversa repetidamente que não vai sair. Jorge Luis, presidente da Mancha, disse ao Estadão que Dudu contou ter "coisas graves" relacionadas à negociação e que o atleta falará em breve o que lhe incomoda.

No treino de domingo, Dudu informou a Abel que gostaria de ficar e que não pretende assinar o contrato com o Cruzeiro. Também disse aos outros atletas do elenco que estava arrependido de ter aceitado sair. A maioria dos jogadores não gostou da postura do camisa 7, embora nenhum deles tenha dito isso a ele. A conversa aconteceu e eles permaneceram em silêncio após ouvir o atacante

Fim de ciclo

Mostrando-se racional ao comentar o assunto no canal sportvLeila não titubeou em dizer que o ciclo de Dudu no Palmeiras terminou depois de quase uma década e espera que o atacante, que tem contrato com o clube paulista até dezembro de 2025, cumpra o acordo amarrado entre ele, Cruzeiro e Palmeiras.

"Sou prática e objetiva. Todos nós somos extremamente gratos por tudo que o Dudu fez pelo Palmeiras, mas lembrando sempre que as conquistas não são em virtude de uma pessoa, é em virtude de um conjunto de pessoas pra atingir esse nível que atingimos. O Palmeiras sempre honrou e enquanto eu for a presidente sempre vai continuar honrando a sua palavra. Eu disse para o Cruzeiro que venderia o Dudu com o aval do atleta. Não posso admitir que quando as três partes estão acordadas do dia pra noite uma parte fale 'não quero mais'. Ele tem esse direito, mas eu não gostaria que isso acontecesse", disse Leila.

(Estadão Conteúdo)