Coronel, ex-subsecretário de MG, é preso suspeito de financiar assassinato no MT

Coronel, ex-subsecretário de MG, é preso suspeito de financiar assassinato no MT
Luiz Caçadini é acusado de financiar assassinato de advogado em Cuiabá, capital do Mato Grosso — Foto: Divulgação | Polícia Civil Mato Grosso
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O coronel da reserva do Exército já foi subsecretário de segurança no governo de Minas Gerais e recebeu Título de Cidadania Honorária pela Câmara Municipal de Belo Horizonte

Por Mariana Cavalcanti O Tempo

O coronel da reserva do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, de 68 anos, foi preso em Belo Horizonte na manhã desta segunda-feira (15), suspeito de ter financiado o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em Cuiabá em dezembro de 2023. O mandado de prisão foi expedido pela Polícia Civil do Mato Grosso e formalizado pela polícia de Minas Gerais. 

Luiz Caçadini foi nomeado, em janeiro de 2019, para chefiar a Subsecretaria de Integração de Segurança Pública do governo de Minas Gerais, mas foi exonerado em setembro do mesmo a pedido próprio. Em 2022, ele recebeu o Título de Cidadania Honorária pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. Atualmente ele trabalha em uma empresa privada especializada em treinamentos de segurança. 

O inquérito continua em andamento e o suspeito foi encaminhado ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ainda sem decisão sobre uma possível transferência para Cuiabá. 

Assassinato de Roberto Zampieri em Cuiabá

Roberto Zampieri, advogado de 56 anos, foi morto em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, alvejado por 10 disparos de arma de fogo, no dia 5 de dezembro de 2023. Além do coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, outras três pessoas foram presas suspeitas de terem envolvimento com o assassinato.

A Polícia Civil de Mato Grosso aponta Maria Angélica Caixeta Gontijo como a mandante do crime. Ela foi presa em Pato de Minas, na região do Alto Paranaíba, e teve três armas confiscadas pelas autoridades, além do passaporte apreendido. Ela possui registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A motivação do crime, conforme a polícia, teria relação com uma disputa judicial por uma fazenda em Ribeirão Cascalheira (MT), na qual Zampieri atuava como advogado da parte vencedora, contrária a Maria Angélica Gontijo.

O suposto executor do crime, Antônio Gomes da Silva, foi preso em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. O instrutor de tiro Hedilerson Martins Barbosa também foi detido, acusado pela Polícia Civil do Mato Grosso de intermediou a contratação de Antônio e forneceu a arma utilizada no assassinato. Eles já foram transferidos para o Mato Grosso.