Condições precárias da BR-262 preocupam motoristas no percurso até Guarapari 'praia dos mineiros'

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Pesquisa da CNT revela desafios em trechos críticos da rodovia durante temporada de festas

Por Plox

A BR-262, importante via de ligação entre Minas Gerais e o Espírito Santo, apresenta condições preocupantes, principalmente no sentido de Vitória e Guarapari, conforme aponta a Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Rodovias 2023. Este trecho, que é frequentemente utilizado por viajantes, especialmente na temporada de festas e férias escolares, enfrenta uma série de desafios que incluem asfalto em estado crítico, geometria desafiadora da via e perigos agravados pela temporada de chuvas e pelo aumento do volume de veículos.

A pesquisa CNT destaca que, dos 636 quilômetros avaliados entre João Monlevade e Guarapari, mais de um quarto (163 quilômetros) está em condições ruins. A situação se agrava com a geometria do percurso, avaliada como péssima em 35 quilômetros entre o distrito de Realeza, em Manhuaçu, e Martins Soares, na divisa com o Espírito Santo. Essas condições precárias são reforçadas em trechos serranos com curvas fechadas e visibilidade limitada, elevando significativamente os riscos de acidentes.

Além dos desafios de infraestrutura e segurança viária, a rodovia enfrenta problemas de pavimento. Buracos e remendos mal feitos obrigam os motoristas a manobras bruscas, aumentando o risco de acidentes em uma pista já complicada devido à sua natureza sinuosa e estreita. Este cenário se repete em 56 quilômetros entre Martins Soares e Muniz Freire, no Espírito Santo, onde o pavimento recebeu classificação "ruim".

Por outro lado, a situação é um pouco mais positiva na direção do Triângulo Mineiro. Dos 558 quilômetros avaliados entre Betim e Campo Florido, a maioria apresenta boas condições, com 69% classificado em bom estado geral. Contudo, a região de Araxá a Uberaba ainda apresenta desafios, com 105 quilômetros considerados em estado ruim devido à geometria da pista.

Essas informações refletem a necessidade de uma atenção contínua à manutenção e melhorias da rodovia. A falta de separação física entre as pistas e os problemas geométricos, como curvas acentuadas, são fatores adicionais que contribuem para o risco nas viagens. Estudos da escola de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Extrema enfatizam a importância de um bom projeto, execução técnica adequada e manutenção constante para evitar essas armadilhas e garantir a segurança dos motoristas.