MG: operação contra sonegação na indústria da carne apreende R$ 4 mi em dinheiro

MG: operação contra sonegação na indústria da carne apreende R$ 4 mi em dinheiro
Parte do valor apreendido estava em um esconderijo em um carro do empresário Foto: MPMG/DIVULGAÇÃO
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Na casa de um empresário, em Uberaba, foi localizado um compartimento secreto no porta-malas de um carro com R$ 2 milhões em espécie

O Tempo    Por José Vítor Camilo

 

Empresários da indústria da carne foram alvo de uma operação, na manhã desta quarta-feira (21 de agosto), que apreendeu R$ 4 milhões em dinheiro na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. A ação é uma 2ª fase da operação "Castelo de Vento", de maio deste ano, que mirava um esquema de sonegação de impostos no setor de carnes e derivados, além da ocultação de patrimônio. 

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a operação foi deflagrada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG), sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em casas dos investigados. 

Além disso, também foram cumpridos o sequestro de três veículos e sete imóveis dos empresários, com o objetivo de preservar bens para "futura reparação dos danos causados aos cofres públicos".

"O alvo principal foi já denunciado como um dos líderes de uma organização criminosa especializada em operar esquemas estruturados de sonegação fiscal. Ele já responde a uma ação penal como líder da organização e também pela prática de dezenas de crimes de sonegação fiscal e de falsidade ideológica", detalhou o MPMG.

O líder da organização, ainda conforme o órgão, tem um longo histórico de fraudes tributárias, com seus débitos diante do Fisco Estadual chegando à casa de R$ 12 milhões. 

Nesta quarta, na casa de um dos empresários presos, foram localizados quase R$ 2 milhões em espécie que estavam escondidos em um compartimento secreto localizado no porta-malas de um veículo.

Grupo usava "laranjas" para ocultar patrimônio

Ao longo das investigações, ficou provado que os empresários estariam movimentando recursos e ocultando o patrimônio por meio de "interpostas pessoas", popularmente conhecido como "laranjas". 

Em maio deste ano, na 1ª fase da operação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão. Os integrantes do grupo presos na época seguem detidos, porém, as novas investigações levaram a 20 pessoas físicas e dezenas de empresas também envolvidas no esquema.