Como foi o 2º dia de julgamento dos acusados de matar ex-jogador do Cruzeiro
A expectativa é de que o último dia do julgamento seja nesta quarta-feira (20/3)
Por O TEMPO Sports
O segundo dia de julgamento dos acusados de matar o jogador Daniel Corrêa Freitas terminou por volta das 20h de terça-feira (19/3). A reportagem de O TEMPO Sports separou os principais pontos do início do júri, que deve terminar nesta quarta.
Depoimento dos acusados
Na manhã de terça-feira cinco dos setes réus foram ouvidos: David Willian Vollero Silva, Ygor King, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Allana Emilly Brittes e Evellyn Brisola Perusso. Dois réus foram ouvidos no dia anterior.
Acusação x defesa
À tarde, o julgamento ficou mais “quente” e teve debate entre acusação e defesa. Os advogados dos réus alegaram que Daniel não foi convidado para a festa na casa, local do crime.
Por outro lado, a defesa do atleta argumentou que os acusados tinham inveja de Daniel por ele ser um jogador de futebol. “Eu imagino a inveja que esses caras tinham do Daniel, que era um jogador de futebol”, disse o promotor.
Edison agiu “sob forte emoção”
A defesa de Edison Brittes, que assumiu ter matado Daniel, afirmou que o empresário agiu “sob forte emoção” e, por isso, matou o jogador. Brittes alega que Daniel teria tentado abusar sexualmente da sua esposa.
O objetivo da defesa é tentar reduzir a pena de Brittes. O promotor questionou a duração dessa “forte emoção”, já que, Edison não teve apenas uma atitude impulsiva.“Eu não consigo entender a violenta emoção que dura duas ou três horas. Um surto psicótico de três horas?”, perguntou.
Quem são os acusados?
- Edison Brittes Júnior: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo
- Cristiana Rodrigues Brittes: homicídio qualificado (motivo torpe), fraude processual, corrupção de menor e coação do curso do processo
- Allana Emilly Brittes: coação do curso do processo, fraude processual e corrupção de menor
- David Willian Vollero Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver
- Eduardo Henrique Ribeiro da Silva: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação do cadáver e corrupção de menor;
- Ygor King: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e ocultação do cadáver
- Evellyn Brisola Perusso: fraude processual.
O que aconteceu?
Daniel foi encontrado morto no dia 27 de outubro de 2018 na área rural de São José dos Pinhas. Daniel estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado. O empresário Edison Luiz Brittes Júnior confessou o crime.
O ex-jogador participou da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison, em uma casa noturna. No dia seguinte, a festa continuou na casa da mulher, que, na época, comemorou 18 anos.
Em depoimento à polícia, o empresário afirmou que Daniel tentou estuprar a esposa dele, Cristina Brittes. Por isso, teria matado o jogador. Antes de morrer, Daniel chegou a enviar fotos deitado ao lado de Cristina para um amigo.
De acordo com o inquérito feito pela polícia, não houve tentativa de estupro por parte do jogador. Após ser agredido, Daniel teria sido colocado vivo no porta-malas do carro de Edison e levado para a área rural.
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