Com quase 180 processos, ex-vereador em MG é condenado a 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa

Com quase 180 processos, ex-vereador em MG é condenado a 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa
Carlos Delfim, foto de arquivo — Foto: Reprodução/Silvan Alves
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Político, que foi presidente da Câmara em Muriaé, era investigado na Operação 'Catarse'. Também foram condenados o assessor parlamentar e esposa do acusado.

Por g1 Zona da Mata — Muriaé

 

O ex-vereador e ex-presidente da Câmara de MuriaéCarlos Delfim Soares Ribeiro, a esposa dele e um assessor foram condenados a 11 anos de prisão em regime fechado por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Desde novembro de 2021, eles são investigados pela Operação 'Catarse', deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O g1 entrou em contato com o MPMG para saber os nomes dos investigados, mas foi informado que o processo tramita em segredo de Justiça.

Segundo o órgão, o parlamentar usava a esposa e o assessor para 'esconder' o patrimônio dele, decorrentes dos crimes de corrupção, concussão e peculato, por meio de veículos, maquinários e outros bens em nome de terceiros, além de empresas em nome de 'laranjas'.

Em outro processo, o ex-vereador já havia sido condenado pela prática de corrupção e 24 crimes de concussão - quando a pessoa tira vantagem do cargo público que ela exerce. Ele ainda responde na Justiça por outros 178 peculatos - desvio de dinheiro público - e dois por lavagem de dinheiro.

A OPERAÇÃO:

 

 

A Operação 'Catarse' começou em novembro de 2021, com objetivo de apurar a prática dos crimes de corrupção, concussão, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo a Sejusp, Carlos Delfim chegou a ficar preso em Uberlândia por quase 2 meses, mas foi solto com uso de tornozeleira eletrônica em junho de 2023. Ainda conforme a secretaria, ele ainda não havia dado entrada no sistema prisional após a publicação da sentença.

Em nota, a Câmara de Muriaé disse que “o processo diz respeito exclusivamente ao mandado do ex-vereador e corre em segredo de Justiça”. Afirmou, ainda, que o Legislativo não está envolvido, não recebeu nenhuma notificação e que sempre colaborou com as investigações.

A reportagem tentou contato com a defesa do político, mas foi informada de que ele havia trocado de advogado. O g1 não conseguiu localizar a nova até a última atualização desta matéria. O espaço está aberto para pronunciamento.