Sobe para 112 o número de mortos nos incêndios florestais no Chile
Até o momento, apenas 32 corpos puderam ser identificados e cerca de 26 mil hectares foram queimados em quatro dias
Itatiaia Por Talyssa Lima
O número de mortos nos incêndios florestais do Chile subiu para 112, de acordo com o Serviço Médico Legal, nesta segunda-feira (5). Segundo o presidente chileno, Gabriel Boric, os números estão crescendo “significativamente” nas próximas horas, enquanto bombeiros, soldados e brigadistas lutam para apagar vários incêndios no centro e no sul do país.
Centenas de pessoas estão desaparecidas e até o momento, apenas 32 corpos puderam ser identificados. Cerca de 26 mil hectares de florestas e bairros residenciais inteiros foram queimados em quatro dias. Ao todo, 1400 bombeiros lutam contra as chamas, com a ajuda de 1300 militares.
Outro ponto que tem chamado atenção, é a temperatura. No Chile, os termômetros estão chegando a 40 °C, o que dificulta ainda mais o combate as chamas
De acordo com o presidente do Chile, esse é um dos piores desastres naturais desde 2010, quando um terremoto, seguido de um tsunami, deixou cerca de 500 mortos. Os incêndios florestais se iniciaram na última sexta-feira (2), e as regiões de Valparaíso e Viña del Mar, dois pontos turísticos procurados, são uma das áreas mais atingidas.
A maior parte do fogo estava se espalhando na região costeira de Valparaíso, onde vivem quase um milhão de pessoas, e onde ficam a sede do Congresso e um dos principais portos do país.
“Estamos juntos, todos nós, combatendo a emergência. A prioridade é salvar vidas”, disse Boric em uma mensagem à nação, acrescentando que havia decidido manter o toque de recolher e reforçar a presença militar nas áreas mais afetadas.
Além de Valparaíso, o fogo estava ativo nas regiões centrais de O’Higgins, Maule e Ñuble e na região sul de La Araucanía.
Boric disse que havia decretado um período de luto nacional de dois dias a partir desta segunda-feira (5) “porque todo o Chile está sofrendo e chorando nossos mortos”.
O incêndio também forçou o fechamento da refinaria Aconcágua, a segunda maior do país, localizada a cerca de 15 quilômetros ao norte da cidade costeira de Viña del Mar, que foi fortemente afetada pelos incêndios.
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