Secretário de Políticas Penais segue para o RN após fuga de presos em Mossoró
André Garcia deixou Brasília na tarde desta quarta-feira (14) para acompanhar investigação de escapada inédita em um presídio de segurança máxima brasileiro
O tempo Por Hédio Júnior
A fuga de dois presos na Penitenciária Federal de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, provocou uma reação da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e responsável pela coordenação das cinco unidades federais de segurança máxima do país. No início da tarde desta quarta-feira (14), o secretário da pasta André Garcia, deixou Brasília (DF) em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino a Mossoró, onde deve investigar os fatos e apurar as responsabilidades do ocorrido.
A Secretaria de Segurança da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte confirmou a fuga, notificada na manhã desta quarta, e informou que auxilia nas buscas pelos fugitivos - identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos -, inclusive com o uso de helicópteros.
Conhecidos como “Tatu” e “Deisinho”, os dois homens são do Acre e ligados ao Comando Vermelho (CV) - facção de Fernandinho Beira-Mar, preso na mesma unidade. Eles estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, para onde foram transferidos após se envolverem em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco.
Essa foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, onde também estão membros do alto escalão de facções como Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC). O Brasil conta com cinco presídios deste tipo: além de Mossoró, há unidades em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF) recebem presos de alta periculosidade.
"O governo do Estado já fez contato com as secretarias de Segurança Pública da Paraíba e do Ceará para a realização de ações integradas de reforço policial nas divisas entre os Estados", afirmou a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte.
De acordo com a pasta, o estado não registra fugas em suas unidades prisionais desde 2021. Alguns anos antes, em 2017, uma rebelião generalizada no presídio de Alcaçuz, na Grande Natal, deixou ao menos 26 presos mortos.
Comentários do Facebook