Presos em operação contra rifa ilegal têm habeas corpus negado
Wesley Alves e outros seis suspeitos terão que aguardar julgamento, que deve acontecer nos próximos 20 dias
Por Pâmela Costa Fonte Tribuna de Minas
O influenciador Wesley Alves e outras seis pessoas presas durante operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) contra associação criminosa, rifa ilegal, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal tiveram o habeas corpus negado. Com o pedido de última instância recusado, os suspeitos permanecerão presos até que o caso vá a julgamento. De acordo com um dos advogados dos investigados, isso deve acontecer nos próximos 20 dias.
Na última semana, os pedidos de liberdade provisória dos suspeitos também foram negados durante audiência de custódia realizada pela Vara Plantonista da Microrregião XXV, realizada no sábado (2). Na data, o juiz Orfeu Sérgio Ferreira Filho determinou que o flagrante fosse convertido para prisão preventiva.
O recurso de habeas corpus havia se tornado, então, a alternativa dos advogados de defesa no caso. Contudo, com a negativa, os sete suspeitos terão que aguardar o julgamento do caso.
Suspeitos foram presos no fim do mês passado
Em 28 de novembro, durante a operação ‘Provérbios 16:18’, a Polícia Civil cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, quando Wesley Alves e outras seis pessoas foram presas a caminho de Além Paraíba. Os suspeitos estariam fazendo a viagem para realizar a entrega de um prêmio a um suposto vencedor dos sorteios, a prática de vendas de rifas e venda de cotas foi em parte a causa da prisão do grupo.
Nas redes sociais, o influenciador promovia a venda de cotas e ostentava prêmios de luxos que supostamente poderiam ser ganhados por quem participasse dos sorteios. Com valores mínimos, era necessário um investimento baixo para ter a chance de ganhar carros de luxo, motos ou até mesmo quantias elevadas de dinheiro.
As prisões em flagrante mobilizam 40 policiais que participaram da operação e foi resultado de cinco meses de investigação. Entre os itens apreendidos, estavam 12 motos – dez delas 0 Km -, dez carros, duas motos aquáticas, três carretas, R$ 14 mil, celulares, computadores, documentos e 10 caixas de cigarros. Ao todo, o patrimônio apreendido foi avaliado em aproximadamente R$ 3 milhões.
A operação também interditou três estabelecimentos em Juiz de Fora, que seriam usados para lavagem de dinheiro. Foram duas distribuidoras de bebidas, localizadas nos bairros Fábrica e Teixeiras, e uma loja de roupas, no Bairro Linhares. Segundo as apurações da PC, o valor dos bens e o estilo de vida dos suspeitos se mostrava incompatível. Por isso o nome da operação, intitulada Provérbios 16:18, em alusão à soberba preceder a ruína.
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