Por que o Atlético passou a faturar mais com a Arena MRV? Diretor explica

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Torcida atleticana nas arquibancadas da Arena MRV Foto: Clube Atletico Mineiro
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Leonardo Barbosa, do setor de operações do Galo, explica adequações para clube ter mais renda líquida por jogo

O Tempo Sports   Por Pedro Abílio

 

No dia 27 de agosto de 2023 a Arena MRV, estádio do Atlético, foi inaugurada para jogos oficiais no jogo do Galo contra o Santos. Diante de 29.782 torcedores nas arquibancadas novas em folha, o time mineiro venceu por 2 a 0.

Naquele dia o lucro do Galo foi de R$ 965.710,60 de um total de R$ 1.962.077,75. O percentual próximo de 50% de renda líquida logo passou a ser criticado, já que a média se repetiu em outras das primeiras partidas do estádio. 

A poucos dias de completar um ano como casa do time profissional masculino, o estádio segue passando por ajustes e modificações. Adaptações necessárias para que conforto e lucro possam caminhar juntos. É o que conta a O TEMPO Sports o diretor de Operações do Atlético, Leonardo Barbosa.

Antes diretor de competições na Federação Mineira de Futebol, Léo chegou ao Galo há três meses. Seu setor é exatamente o responsável por cuidar da operação de partidas de todas as categorias do futebol alvinegro como mandante.

“A gente vem testando modelos de operação na Arena MRV, sempre tentando otimizar os custos. Acreditamos que estamos alcançando um ponto ótimo de otimização de custo para maximizar a receita”, explica.

O percentual, próximo da metade da renda bruta para a renda líquida, então, mudou. É importante lembrar que o primeiro jogo do Atlético na Arena MRV teve, por questões burocráticas, quase 15 mil lugares disponíveis a menos do que é praticado atualmente. Mas além de hoje contar com a possibilidade de colocar mais gente pagando ingresso, o clube tem trabalhado para readequar o que gasta para fazer o estádio funcionar.

Nova realidade é 'otimizada'

No fim de julho de 2024, o Galo jogou contra dois adversários tradicionais, o que ajudou a ter bons números de público e renda. Na vitória de 2 a 0 contra o Vasco, no dia 21, foram 42.353 torcedores. A arrecadação líquida chegou a R$ 2.473.819,55, de uma renda total de R$ 2.843.626,00.

Os números foram superados poucos dias depois, nos 2 a 1 contra o Corinthians, com R$ 2.938.194,42 de renda líquida, com a bruta de R$ 3.010.301,27. O percentual do dinheiro que vai para os cofres do Galo saltou em 81%.

“O principal custo que a gente tem hoje na Arena é com o efetivo de segurança”, explica Leonardo Barbosa. A operação do estádio tinha mais seguranças nos primeiros jogos, mas o clube entendeu que era possível reduzir a quantidade, por exemplo, em alguns portões de acesso às arquibancadas. Barbosa diz que isso ajudar a diminuir significativamente o custo.

“A mesma coisa aconteceu com a limpeza do estádio. Começamos gastando um valor muito alto, mas a gente conseguiu fazer uma cotação de preços e fechou com uma empresa que tinha o melhor preço do mercado em um contrato anual, o que fez com que ela conseguisse diminuir o valor do custo por jogo”, revela Léo. “Em cada uma das despesas: segurança, limpeza, brigadista, ambulância. A gente foi entendendo a operação, conseguiu otimizar e assim reduzimos custos”, conta.

O diretor de operações do Atlético explica que a meta para os próximos jogos em casa é conseguir manter as despesas próximas dos valores atuais, hoje na casa dos R$ 700 mil por jogo. Se mantiver boa ocupação nas arquibancadas, o clube vai continuar alcançando bons números no faturamento. Sendo assim, é possível reduzir também o preço final dos ingressos para os jogos como mandante.

“A gente teve recorde de receita com preços razoáveis de ingressos. Claro que existem jogos decisivos que vão demandar ingressos mais caros, mas estamos trabalhando nessa otimização para atender todos os nossos nichos de torcedores: tanto os clientes premium quanto aqueles torcedores que precisam de um ingresso mais acessível para ter condição de ir para a Arena”, comenta Leonardo.

 

Veja entrevista completa