Operação fecha distribuidora clandestina de cachaça saborizada no centro de BH
No local, centenas de litros de bebidas sem identificação de origem e possivelmente adulteradas foram recolhidas
O Tempo Por Rayllan Oliveira
Uma distribuidora clandestina de cachaça saborizada foi interditada durante uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (10 de abril), no Centro de Belo Horizonte. No local, centenas de litros de bebidas sem identificação de origem e possivelmente adulteradas foram recolhidas. Outros quatro estabelecimentos também foram vistoriados. O comércio dessas bebidas, segundo a investigação, estaria impactando a saúde da população em situação de rua localizada na região.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), um dos órgão envolvidos na operação, foram encontrados diversos galões de 20 litros com álcool de origem desconhecida na distribuidora interditada. Os agentes também localizaram "equipamentos como suportes para galões de água mineral, que supostamente eram usados para envasamento do líquido em garrafas de 500ml".
As garrafas estavam sem os selos de fiscalização dos órgãos de controle, e com possíveis falsificações de rótulos. "Amostras dos produtos foram recolhidas pelos órgãos de fiscalização e serão encaminhadas para análise química. Existe a suspeita de que se trata do mesmo álcool usado no abastecimento de automóveis", detalhou o MPMG. A distribuidora interditada funcionava na rua do Acre, no entorno da rodoviária.
Coquetéis à base de cachaça
A comercialização de coquetéis à base de cachaça é tradicional nos bares do centro de Belo Horizonte. O produto costuma ser vendido em garrafas de plástico, a preços baixos, o que atrai à população em situação de rua.
"A suposta adulteração vinha provocando danos severos à saúde desta população, o que resultou no Procedimento Administrativo em curso na Promotoria de Justiça de Defesa de Direitos Humanos da capital. Em atuação conjunta, foi requisitado pela Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor a instauração de inquérito policial para apurar o caso", informou o MPMG.
Em 2023, cerca de 400 unidades de cachaça sem o selo do Ministério da Agricultura foram apreendidas na região. A ação, realizada nesta quarta-feira (10), reuniu equipes da 18ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos de Belo Horizonte e da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, além das polícias Militar e Civil, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Vigilância Sanitária Municipal.
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