Motoristas do Samu marcam passeata contra redução de salário na porta da PBH

Motoristas do Samu marcam passeata contra redução de salário na porta da PBH
Imagem ilustrativa de viatura do Samu — Foto: PBH/Divulgação
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Categoria quer negociar pagamento ou que a licitação da empresa seja cancelada

O Tempo    Por Isabela Abalen

 

Dezenas de motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) vão se reunir em uma passeata, nesta terça-feira (23 de abril), em frente ao prédio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no Centro da capital. A categoria denuncia uma redução do salário de 27% (de cerca de R$ 2.400 para R$ 1.800), com corte dos benefícios, como plano de saúde e odontológico. 

Os trabalhadores vão caminhar pela avenida Afonso Pena até a Secretaria de Saúde da capital, responsável por mediar a negociação entre a categoria e a empresa que venceu a licitação. O protesto não deve impactar o serviço de urgência.

“Vão participar os motoristas que não estiverem no plantão. Queremos uma resposta positiva para o problema e já percebemos que, para isso, temos que pressionar”, diz o representante do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH), Roberto Rangel. 

A passeata ocorre no mesmo dia em que representantes da prefeitura irão se reunir com a empresa para negociar uma solução para o problema. A proposta de corte de salário apresentada pela companhia não inclui redução de jornada de trabalho. A previsão é que ela assuma a gestão do serviço do SAMU nesta sexta-feira (26 de abril). 

 

Ameaça de greve 

Os trabalhadores anunciaram, na última sexta-feira (19 de abril), a possibilidade de paralisação como resposta à mudança da empresa parceira da prefeitura à frente do serviço do Samu. 

A categoria reivindica que a gestão da nova empresa seja cancelada, e a prefeitura assuma um contrato emergencial até a nova licitação. Mas, a contratação já está homologada. 

"Cabe destacar que o contrato com a empresa envolve a contratação de profissionais motoristas, higienização e guarda dos veículos, além de manutenção preventiva e corretiva", afirmou o executivo municipal por meio de nota. 

O Ministério do Trabalho foi acionado e está auxiliando a mediação entre as partes. O esforço para o superintendente regional do trabalho, Carlos Calazans, é garantir que o pagamento dos motoristas permaneça o mesmo. 

Samu-BH

São 120 motoristas do Samu-BH que assumem uma jornada de trabalho de 12h de serviço para 36h de descanso. O serviço de urgência faz cerca de 8 mil atendimentos com ambulância por mês, ou seja, 11 por hora.