Máquina de fazer cigarros furtada da Cidade da Polícia é encontrada no RJ
Equipamento, que pesa 5 toneladas, foi achado com ajuda de informações repassadas pelo Disque-Denúncia
Diana Rogers Portal Itatiaia
Policiais da Draco, Delegacia de Repressão às Ações Criminosas, com informações repassadas pelo Disque-Denúncia, localizaram, na manhã desta sexta-feira (22), a máquina de fazer cigarros que foi furtada da Cidade da Polícia, complexo que reúne 15 delegacias especializadas, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo os agentes, o maquinário, de seis metros de comprimento e cinco toneladas, foi localizado em um galpão do Mercado São Sebastião, complexo atacadista localizado na Penha, também na Zona Norte. Ainda de acordo com os policiais, o equipamento estava sendo pintado de verde e foi desmontado em três partes. O galpão onde a máquina foi achada pertenceu a uma empresa de cigarros.
Dois vigias estavam no galpão, mas informaram aos agentes que começaram a trabalhar no local na semana passada e que as máquinas já estavam por lá. A perícia da Polícia Civil está no local para confirmar se aquela é a máquina furtada ou se peças do equipamento furtado foram usadas no maquinário encontrado.
Máquina foi furtada sete meses após apreensão
A máquina, modelo MK8 PA7, capaz de produzir 2,5 mil cigarros por minuto, foi apreendida numa operação da Polícia Civil, em julho de 2022, e ficou guardada num depósito, nos fundos da Cidade da Polícia.
Em fevereiro de 2023, sete meses depois, ela foi vendida em um leilão à Indústria Amazônica de Cigarros Ltda, que comprou o equipamento por R$ 550 mil. No entanto, uma semana após a compra, na véspera de carnaval, a máquina foi furtada.
A polícia só tomou conhecimento do furto em junho, quatro meses depois, após um oficial de Justiça comparecer à Cidade da Polícia, para verificar as condições do maquinário.
Na época do crime o atual secretário de polícia civil era o delegado Fernando Albuquerque que ficou no cargo até junho, mês em que o sumiço foi constatado. No entanto, a corregedoria da polícia civil só abriu uma sindicância para investigar o caso no mês de novembro, um mês após o início da gestão do secretário Marcos Amin.
Cerca de 50 pessoas foram interrogadas. A Cidade da Polícia conta com mais de três mil agentes e no dia do ocorrido nenhum policial de plantão disse ter presenciado o ocorrido. Além disso, as investigações apontaram que não havia câmeras de monitoramento dentro do depósito onde a máquina foi furtada.
Por meio de nota, a Polícia Civil disse que assim que a atual gestão teve ciência da ocorrência, foi determinado que a Corregedoria-Geral da instituição instaurasse inquérito para identificar e responsabilizar os envolvidos.
A Polícia Civil reforçou que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita e que todos os envolvidos serão punidos no rigor da lei.
No que diz respeito às câmeras de monitoramento, a instituição informou que em breve será retomado o serviço em toda a área da Cidade da Polícia, incluindo depósitos de apreensões.
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