Justiça nega pedido de soltura a suspeitos de matar policial militar em BH

Justiça nega pedido de soltura a suspeitos de matar policial militar em BH
O sargento da PM Roger Dias da Cunha foi baleado na cabeça durante perseguição — Foto: Reprodução/TV Globo
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Primeiras audiências do caso estão agendadas para 19 de abril.

Por g1 Minas — Belo Horizonte

 

Uma decisão da Justiça de Minas Gerais negou o pedido de revogação da prisão preventiva de dois homens acusados de assassinar o sargento Roger Dias da Cunha, em Belo Horizonteem janeiro deste ano. Atualmente um deles está preso e outro sob escolta hospitalar.

O juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, do Tribunal do Júri da comarca de Belo Horizonte, entendeu que é possível que os réus voltem a cometer crimes se forem soltos, por serem considerados perigosos.

Welbert de Souza Fagundes, de 25 anos, e Geovanni Faria de Carvalho, de 33, são réus por homicídio qualificado. 

A primeira audiência de instrução e julgamento, que deve iniciar o recolhimento de provas e depoimentos de testemunhas, está agendada para o próximo dia 19 de abril.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Welbert está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, desde 20 de fevereiro.

Já Geovanni está admitido no Ceresp Gameleira desde a época do crime contra o sargento Roger, mas segue sob escolta hospitalar.

 

O crime

O policial Roger Dias da Cunha foi baleado na noite de 5 de janeiro.

Segundo informações da PM, equipes do 13º Batalhão perseguiam um carro com dois homens armados pela Avenida Risoleta Neves quando o veículo atropelou um motociclista. Após o acidente, os suspeitos desembarcaram e correram.

O sargento Roger Dias conseguiu alcançar um dos criminosos. Ele deu ordem de parada diversas vezes, mas foi surpreendido pelo homem, que sacou uma arma e atirou em direção à cabeça dele. O policial chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

Um cabo da PM, que estava na condução de uma viatura, continuou a perseguir Welbert, que foi baleado. Ele tem várias passagens pela polícia e, na data do crime, estava usufruindo do benefício de saída temporária da prisão.

Já Geovanni, de 33 anos, conseguiu fugir, mas acabou sendo encontrado e preso horas depois.

 

Indiciamento e denúncia

 

Dez dias depois, a Polícia Civil indiciou Welbert de Souza Fagundes por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo torpe e repugnante contra agente de segurança pública e para assegurar impunidade de outro crime.

Ele também foi indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra os outros PMS, desobediência, resistência e porte ilegal de arma de fogo.

Já Geovanni Faria de Carvalho foi indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra os policiais militares que tentavam prendê-lo, tentativa de homicídio contra o motoboy que foi atropelado por ele, por ter assumido o risco de matar, desobediência, resistência, tráfico de drogas e porte ilegal de munições.

Em 30 de janeiro, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra Welbert por homicídio triplamente qualificado e Welbert por tentativa de homicídio dos policiais e do motoqueiro.