Ipatinga confirma nove mortes por temporal, duas delas de crianças; 150 perderam suas casas
Somente uma regional da cidade recebeu 204 mm de chuva, volume extremo
Por Isabela Abalen OTEMPO
O prefeito de Ipatinga, no Vale do Aço, Gustavo Nunes, confirmou nove mortes – incluindo duas crianças – provocadas por deslizamentos de terra durante o temporal que atingiu a cidade na madrugada deste domingo (12 de janeiro). Em coletiva de imprensa, Nunes informou que 150 moradores tiveram que deixar suas casas, e uma pessoa ficou ferida. Além disso, há ainda uma vítima desaparecida entre os escombros dos deslizamentos.
Conforme a Defesa Civil, a chuva atingiu 80 mm em apenas uma hora, um volume considerado intenso. Nas horas seguintes, as precipitações persistiram, embora em menor quantidade, resultando na desestabilização de encostas.
Mais de 60 ocorrências foram registradas e atendidas pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros, incluindo bloqueios de vias devido à destruição de pistas.
A Prefeitura de Ipatinga, no Vale do Aço, cedeu o estádio Ipatingão para receber pessoas que tiveram as casas atingidas. Ainda não foi possível contabilizar o número de moradores desabrigados ou desalojados.
As principais áreas afetadas foram Taúbas, onde o acesso foi bloqueado, deixando moradores ilhados; a parte alta do Bethânia e o Córrego Gerasa, que sofreram com graves alagamentos e transbordamento de córregos; a rotatória do Canaã, onde houve desabamento parcial do asfalto; e Veneza, onde diversas casas foram inundadas pelo ribeirão Ipanema.
Estado de calamidade pública
Na manhã deste domingo, o Executivo de Ipatinga decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido ao impacto severo nas condições de normalidade da cidade, comprometendo a capacidade de resposta dos serviços prestados.
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