Funcionário da Petrobras baleado em sequestro de ônibus no Rio tem derrame e volta ao CTI
Bruno Lima da Costa Soares segue internado no Hospital Samaritano de Botafogo, na Zona Sul. Segundo boletim médico, quadro é estável.
Por g1 Rio
O funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa Soares, que foi baleado durante o sequestro de um ônibus na Rodoviária do Rio no dia 12 de março, teve um derrame e precisou voltar ao CTI. O boletim médico desta segunda (8) diz que o quadro de saúde é estável.
Bruno precisou passar por um procedimento de drenagem depois que apresentou acúmulo de líquidos em volta do coração e dos pulmões. Depois de voltar ao CTI, ele já iniciou o processo de saúde do respirador.
Antes do derrame, ele tinha tido uma melhora no quadro de saúde e se alimentava sentado em poltrona do hospital. Ele tinha saído do CTI no fim de março.
Ele foi baleado no tórax e no abdômen no início do sequestro do ônibus, que durou 3 horas. Os projéteis atingiram coração, pulmão e baço.
Após se render, o sequestrador, Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, disse à polícia que fugia da cidade por estar ameaçado por uma facção criminosa. Segundo ele, ao embarcar, achou que tinha sido descoberto e atirou após confundir um passageiro com um policial.
Paulo Sérgio está preso em Bangu 1. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) por duas tentativas de homicídio e por sequestro/cárcere privado.
No dia 12 de março, 16 passageiros foram feitos reféns por 3 horas em um ônibus na Rodoviária do Rio. O criminoso fez disparos, e duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave.
O Bope, a tropa de elite da Polícia Militar, foi acionado para negociar a rendição. Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, acabou se entregando e foi preso.
Todos os 16 reféns foram libertados sem ferimentos e depois atendidos pelo Corpo de Bombeiros. Entre eles, havia uma mãe com uma criança de colo e seis idosos.
Paulo Sérgio contou aos policiais que achou que o veículo estava sendo cercado por policiais ao parar na rodoviária. Afirmou que ficou com medo, já que estava fugindo de traficantes. Quando um dos passageiros retornou ao veículo, ele disse que achou que seria um policial e que seria preso.
Paulo disse que sacou a arma, segundo ele, para se entregar. Mas o passageiro que voltava ao ônibus se assustou e correu. Nesse momento, Paulo disse atirou e acabou acertando outro passageiro, o funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa, de 34 anos. O passageiro que correu foi atingido por estilhaços, atendido no local e liberado.
O delegado Mário Andrade, titular da 4ª DP, afirmou que o criminoso disse informalmente que trabalhava para o tráfico na Muzema e foi à Rocinha, no domingo (10), onde tinha dívidas com bares locais.
Segundo o delegado, ele contou que acabou se desentendendo com um traficante, a quem baleou.
"O Paulo disse que, então, esse bandido atirou nele, errou. Ele revidou e acertou o traficante. A partir disso, ele foge da Rocinha e se esconde em hotéis da cidade", explicou o delegado.
Com medo de uma eventual represália de traficantes, ele teria passado os dois dias seguintes se escondendo em hotéis. No dia 12, iria para Minas Gerais para se abrigar na casa de familiares.
Paulo Sérgio comprou a passagem de ônibus para Juiz de Fora (MG) pouco antes das 14h – e pagou em dinheiro. A TV Globo obteve imagens do circuito interno de segurança do momento em que ele compra o bilhete (veja abaixo)
Paulo Sério comprou passagem no gichê da Viação Útil, às 13h51, em espécie — Foto: Reprodução
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