Ex-presidente de clube da Série A é considerado foragido após condenação por homicídio
Maurício Sampaio foi condenado a 16 anos de prisão pela morte de um jornalista esportivo em 2012
Itatiaia Esporte Por Lucas Sanches
Ex-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio foi considerado foragido pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). Segundo informações do Jornal Opção, ele não foi localizado pela entidade, que disponibilizou um canal de denúncias nessa segunda-feira (17) em busca de informações sobre o paradeiro do homem.
Sampaio foi condenado a 16 anos de prisão pelo envolvimento na morte do jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira, em 2012. O jornal goiano destacou nota publicada pela PCGO, destacando que, desde a expedição do mandado pelo Poder Judiciário, “realiza diligências ininterruptas objetivando efetuar a prisão do condenado.”
Na sexta-feira (14), o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou a prisão de Mauricio Sampaio, condenado em novembro de 2022, depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso da defesa. Apesar de não ter se apresentado, os advogados do empresário afirmaram que ele está em viagem e deve se entregar nesta quinta (20).
Além de Sampaio, o TJGO determinou a prisão do policial militar da reserva renumerada Ademá Figueiredo Aguiar Filho, também condenado a 16 condenado como autor dos disparos contra o jornalista esportivo. Ele se apresentou no Presídio Militar de Goiânia no dia da emissão do mandado de prisão, realizou exames de corpo de delito e foi detido.
Relembre o caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 5 de julho de 2012, por volta das 14 horas, o jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira foi baleado com cinco tiros dentro do seu carro, quando saía da emissora de rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. O oferecimento da denúncia foi feito no dia 27 de fevereiro de 2013 e apenas três dias depois, a Justiça aceitou o caso.
Maurício Sampaio, Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Djalma Gomes da Silva e Ademá Figueiredo Aguiar Silva foram pronunciados em agosto de 2014. Os réus contestaram a decisão com recursos que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou a pronúncia.
O júri, então, foi marcado para junho de 2020, mas em razão da pandemia, foi adiado para 14 de março de 2022. Nessa data, contudo, o advogado que representava Maurício Sampaio havia desistido da defesa e, sem um defensor constituído no processo, ele não poderia ser julgado. Por isso, o juiz Lourival Machado adiou a sessão para 2 de maio. Desta vez, os advogados de Maurício Sampaio abandonaram a sessão.
Uma nova data foi agendada para o dia 14 de junho, mas um jurado passou mal no segundo dia de julgamento e, como ele deixou o hotel para procurar atendimento médico sem comunicar o oficial de justiça, o juiz, mais uma vez, precisou suspender o júri.
Quatro dos cinco réus apontados como envolvidos na morte do radialista foram condenados. O acusado Djalma da Silva foi absolvido.
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