Empresário morto em acidente de avião perdeu irmã há duas semanas

Empresário morto em acidente de avião perdeu irmã há duas semanas
Casal é enterrado no cemitério Bosque da Esperança — Foto: Reprodução
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Marcílio Franco foi enterrado na manhã desta terça-feira

O Tempo   Por José Vitor Camilo

Foram enterrados, no fim da manhã desta terça-feira (30 de janeiro), Marcílio Franco da Silveira, de 42 anos, e sua esposa, Raquel Souza Neves Silveira, de 40, que morreram na queda de um monomotor ocorrida no último domingo (28), em Itapeva, no Sul de Minas. 

A cerimônia foi fechada e nenhum familiar de Marcílio e Raquel quis dar entrevista. Entretanto, sem se identificar, um amigo da família informou que a família está devastada. "Há cerca de duas semanas morreu a irmã dele, e, agora, essa tragédia. Eles estão sem chão", disse, rapidamente, o homem.

Marcílio era sócio da empresa Credfranco e presidente da Associação Nacional das Empresas Correspondentes Bancárias (ANEC). Nas redes sociais, ele se descrevia como um “apaixonado por cavalos”. A ANEC prestou homenagem por meio de nota, dizendo que o empresário “deixa um legado de trabalho e dedicação que será sempre lembrado por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo”. Marcílio estava no avião acompanhado de sua esposa, Raquel, e do filho, Antônio, de 2 anos. 

Além do casal, também foram enterrados no local, nesta manhã, o piloto da aeronave, Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira, de 44 anos, e o copiloto, Gabriel de Almeida Quintão de Araujo, de 25 anos. Enquanto o primeiro tinha 12 anos de profissão, o mais novo dos profissionais estava em seu terceiro voo oficial, conforme amigos ouvidos por O TEMPO no local do velório.

O acidente

A queda da aeronave aconteceu por volta das 10h30 de domingo, na cidade de Itapeva. O avião tinha saído de Campinas e seguia para Belo Horizonte, destino dos empresários que, antes, estavam em uma chácara na cidade de Itu (SP). 

Conforme o Corpo de Bombeiros, antes de cair, a aeronave se despedaçou no ar, o que é raro. Destroços foram encontrados distantes do local da queda. 

O avião não tinha autorização para realizar táxi aéreo e podia oferecer o serviço apenas de forma privada. Conforme informações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a situação de navegabilidade do avião estava normal. A aeronave foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investiga o caso.