Despedida de Caetano do Galo teve desabafo sobre Savinho e 'conselhos' a Victor

Rodrigo Caetano deixou o departamento de futebol do Atlético para assumir cargo executivo junto às seleções brasileira masculina principal e de base

Por O TEMPO Sports

O agora ex-diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, teve a oportunidade, na tarde desta quarta-feira (20), de se despedir do clube alvinegro. Em coletiva com a imprensa, ele não se desviou de nenhum questionamento, explicou alguns questionamentos antigos do torcedor, falou sobre o trabalho de Felipão e até falou sobre seu sucessor, Victor Bagy. 

Logo de início, Caetano relatou o motivo de ter aceitado o convite da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para assumir o cargo de diretor de seleções brasileira masculina e de base. Para ele, foi uma decisão pessoal e muito difícil. 

“Ela foi pessoal e profissional, porque óbvio que é todo profissional que milita dentro do esporte ele almeja representar o seu país, ele almeja representar o órgão máximo do futebol brasileiro, assim como no vôlei, no basquete. Em todos os momentos da minha carreira, que são 20 anos, no momento que veio esse convite eu estava no clube que talvez tenha sido a minha maior identificação durante todo esse período”, afirmou. 

Em outro momento da conversa, Caetano foi questionado sobre a venda do meia-atacante Savinho ao grupo City, em junho de 2022, por 6,5 milhões de euros (R$ 33,5 milhões à época). O Galo reteve 12,5% dos direitos. 

"Naquele momento, ninguém fez a negociação do Savinho de forma a se contentar pelo preço. Queríamos que ele permanecesse por mais tempo, era o momento de desabrochar dele, mas o clube atravessava uma necessidade gigantesca. Não dá para desassociar o caso do contexto. Nesta segunda transferência, vai entrar mais recurso para o clube, e o todo da negociação ficará um pouco mais favorável." econômicos. Além disso, poderá receber bonificações em até 6 milhões de euros (R$ 32 milhões). As metas, porém, são em diferentes níveis de dificuldade”, afirmou.

Savinho, de apenas 19 anos, despontou como uma das grandes promessas da base atleticana. Integrou o time profissional em 2020, a pedido do então técnico Jorge Sampaoli, mas não conseguiu se firmar como titular. No total, disputou 35 jogos e marcou dois gols com a camisa do Galo.

Sucessor Victor Bagy

Rodrigo Caetano também comentou sobre os desafios que seu sucessor, Victor Bagy, vai enfrentar como diretor de futebol do Galo. "O que o torcedor quer, deseja, é que tenham interlocutores. E que possamos ser esses interlocutores que passam essa segurança e mesmo em momentos de instabilidade, que virão e que são muitos, que eles entendam que há convicção nessa fala, há caminho nisso. Particularmente, a maioria das vezes que fui para coletiva foi em derrota em clássico, em eliminação, ou apresentação de atleta que é eliminação. Temos o caminho de sair disso, eu não sei o que vem primeiro, só não concordo é que se fale de pressão externa. (...). O Vitão vai moldar seu jeito, sem dúvida nenhuma", afirmou.