Cruzeiro sem jogos por duas semanas prejudica os jogadores? Especialistas opinam
jogadores? Especialistas opinam
Time voltou a atuar oficialmente nessa quinta-feira, e já terá outro compromisso no final de semana
Por Gabriel Moraes O Tempo
Devido à catástrofe climática no Rio Grande do Sul, que provocou a paralisação da Série A do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro ficou duas semanas sem entrar em campo. Mas será que essa pausa, que implicou apenas em treinamentos na Toca da Raposa e descansos programados, prejudica os jogadores?
Para Júnior Furtado, fisioterapeuta esportivo associado à Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física (Sonafe), esse período sem partidas de alta intensidade pode ser benéfico aos atletas. Mas isso só acontece quando os departamentos de saúde e de futebol adaptam os trabalhos técnicos que visam dar movimentação ao elenco.
“O calendário do futebol brasileiro sempre foi muito questionado quanto à quantidade de jogos em um curto intervalo entre eles. Por isso, acredito que essa paralisação de 14 dias pode beneficiar o Cruzeiro. O tempo não é tão longo e possibilita trazer ganhos físicos, tais como: recuperação de atletas em reabilitação; condicionamento daqueles que estão fora da média do grupo; melhora de métricas que precisam ser trabalhadas para suportar os sete meses de campeonato, entre outros”, explicou.
O profissional acredita que a manutenção física deve ser a prioridade nesse período. “A pausa só seria prejudicial se não houvesse uma adequação do planejamento de treinos e inserções de sessões físicas que não estavam no calendário antes da paralisação. Um bom plano da Coordenação de Performance, junto aos setores de Fisiologia e Preparação Física, é fundamental para que não haver prejuízos”, complementa.
Calendário
A Raposa atuou no dia 16 de maio contra o Unión La Calera em Belo Horizonte; depois, só voltou a jogar nessa quinta-feira (30/5), contra a Universidad Católica, novamente em casa. Já neste domingo (2/6), haverá duelo com o São Paulo, no MorumBIS, pelo Brasileirão.
Corroborando com a opinião de Furtado, Flávia Magalhães, médica do esporte, e trabalha com futebol há mais de 20 anos, acredita que a pausa não trará prejuízos ao Cruzeiro, por ser um período em que os atletas podem se adaptar rapidamente a essa realidade. “É preciso deixar claro que, mesmo no período sem jogos, os atletas não param de treinar", afirmou.
"Até mesmo em tempos de pandemia, encontramos soluções para manter ou, pelo menos, minimizar as perdas de performance. É fato que o clube se ajustou a esta nova realidade, sem trazer grandes danos esportivos. O maior problema seria o comprometimento das férias dos jogadores, caso a temporada se prolongasse. Porém, a CBF já garantiu que isso não ocorrerá", ressaltou a médica.
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