UFJF e IF Sudeste MG anunciam saída da greve

UFJF e IF Sudeste MG anunciam saída da greve
Estudantes da UFJF estão sem aulas desde 15 de abril devido à greve (Foto: Felipe Couri)
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp
Receba as notícias do MCM Notícias MG no Whatsapp

Informação foi confirmada pela Associação dos Professores do Ensino Superior (Apes); a princípio técnicos administrativos em educação (TAEs) continuarão parados

 Tribuna      Por Pâmela Costa

 

Os professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Instituto Federal (IF) Sudeste decidiram encerrar a greve que já perdura há mais de dois meses. A Associação dos Professores do Ensino Superior (Apes) informou que expectativa é que ocorra uma saída unificada entre os dias 26 de junho e 3 de julho.

De acordo com a presidente da Apes, Joana Machado, na próxima quarta-feira (26), haverá uma assembleia com a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) já para sinalizar a finalização da greve. Na data, o fim da greve deverá ser votado. “Para nós é muito importante que seja uma saída unificada, ou seja, em uma mesma janela temporal”, disse ela à reportagem.

Ainda sim, os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) permanecerão com as atividades interrompidas, pois, conforme enfatiza o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (Sintufejuf), Flávio Sereno, as decisões da categoria são independentes. Não tendo relação direta uma com a outra.

“No nosso caso é o contrário, o nosso Comando Nacional orientou continuar a greve, e a maioria das assembleias respondeu que concorda e que, portanto, deve manter a greve”, afirma Flávio. Os TAE’s realizam reuniões semanais, o que indica também que caso uma nova direção para a greve pode ser debatida.

IFs também encerrarão greve

Além dos professores da UFJF, os dos Institutos Federais de Juiz de Fora, Muriaé e Santos Dumont concordaram que é preciso organizar a saída da greve. O próximo passo agora é repassar o posicionamento ao Comando Nacional dos professores, que a partir disso vai avaliar a indicação das assembleias de todo o país.  

Embora a saída da greve esteja sinalizada na região, Joana Machado observa que as reinvindicações não foram acatadas pelo Governo federal, que fez contrapropostas insuficientes. As mobilizações buscavam recomposição orçamentária, revogação de medidas “autoritárias e deletérias” para a educação, recomposição salarial e carreira.

‘Intransigente e antissindical’

Na visão da presidente da Apes-JF, os objetivos da greve foram “encarados de forma intransigente e antissindical” pelo Governo. Mesmo que os objetivos não tenham sido alcançados, porém, chegou a hora da saída unificada. 

“A construção da saída unificada se faz importante para manter a unidade e a integridade do movimento frente aos desafios não superados no contexto de greve, com destaque para a disputa do fundo público com implicações imediatas na Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual”, explica Joana.