Tendencias do mercado de seguros para automóveis

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A busca por seguro auto está em constante ocilação e as empresas do setor buscam alternativas para atrair e conscientizar os proprietários de veículos da importância em contratar um seguro de automoveis

Por Redação MCM Conexão Automotiva

O mercado de seguros auto tem se transformado devido à inovação tecnológica e à concorrência. Algumas das novidades são: 

  • Seguro auto por assinatura

    A Azul Seguros lançou o Azul Seguro Auto por Assinatura, que funciona como uma espécie de "Netflix" do seguro. 

  • Personalização de apólices

    A utilização de tecnologias como a telemática e a IoT permite a personalização de apólices de acordo com o perfil do usuário. 

  • Inteligência artificial

    A IA é utilizada para analisar imagens fornecidas pelos segurados, examinar o histórico de condução e detectar fraudes. 

  • Veículos autônomos e conectividade veicular

  •  

    O mercado de seguros auto tem sido impactado por fatores como: 

  • Aumento do emplacamento de veículos
  • Produtos de seguro mais atrativos, com mais tecnologia e acessibilidade
  • Corretores mais preparados para atender o mercado
  • A integração de sistemas de assistência à condução e veículos autônomos está transformando a forma como as seguradoras avaliam e gerenciam os riscos. 

  • Campanhas de conscientização

    As seguradoras estão investindo em campanhas de conscientização para aumentar a procura por seguros auto. 

  • Além do Auto, descubra quais seguros irão crescer no próximo ano 

    Em 2025, o mercado de seguros deverá ir além do tradicional segmento de automóveis, acompanhando as transformações nas necessidades e prioridades dos consumidores. 

    Esse movimento reflete a busca do setor por diversificação e personalização, atendendo a demandas emergentes com soluções que conectam proteção e inovação. Acompanhe agora os seguros que, segundo as nossas análises, terão destaque no próximo ano. 

     

    Seguro saúde e vida

    De acordo com dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNADC –  do IBGE, a população nacional está apresentando um constante envelhecimento.  

    Em dez anos, o número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população e a expectativa de vida dos brasileiros que nasceram em 2021 é de 77 anos, segundo o estudo Tábulas de Mortalidade publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

    Em comparação a 2020, a expectativa de vida aumentou em exatos 2 meses e 26 dias, quando registrou 76,8 anos em 2022. Parece pouco, mas ao longo do tempo isso significará um aumento significativo na expectativa de vida do brasileiro somado ao envelhecimento da população. 

    Esses dados podem indicar um aumento na venda de seguro saúde e seguro de vida. Por exemplo, o seguro de vida individual cresceu 348%, de R$ 4,7 bilhões para R$ 21,3 bilhões, entre 2010 e 2022, de acordo com Nilton Molina

    Segundo o mesmo, esse aumento foi impulsionado pelas vendas geradas por corretores de seguros especialistas em vida e também pelos agentes autônomos de investimentos, que olham para a proteção do patrimônio familiar, palavras ditas no encontro no CVG-SP (Clube de Vida em Grupo em São Paulo). 

    A previsão de aumento no seguro de vida, informada no nosso artigo de 2024, se concretizou. Dentro do seguro de pessoas, o seguro de vida teve o seu destaque: R$ 25,26 bilhões arrecadados de Janeiro a Setembro de 2024, segundo a última pesquisa liberada no site da SUSEP. Isso revela um crescimento de 14,4% em relação ao mesmo período de 2023. 

    Ressaltando as palavras de Molina: é um desperdício o corretor de seguros tradicional, que oferta seguro auto, não ofertar esse tipo de seguro para a sua carteira. Em suma, não somente para 2025 mas também para os próximos anos, veremos uma crescente na procura por esse tipo de seguro. 

    Seguro condominial

    As expectativas para o crescimento do setor em 2025 são ainda mais otimistas. Segundo dados do SindusCon-SP, é esperado um crescimento de 2,9% para a Construção Civil do Brasil ano que vem, o que demonstra um mercado aquecido e com muitas oportunidades.  

    Com a inevitável verticalização das grandes cidades é esperado que a procura pelo seguro condominial também cresça. O seguro condominial foi um dos ramos com maior demanda no setor de seguros no início de 2023, tendo avançado tanto na arrecadação (+32,5%) quanto em indenizações pagas (+ 17,3%).  

    Esses dados foram confirmados pela CNSEG, que ainda afirma que a tendência é que os números revelados continuem a aumentar nos próximos anos. 

    Não existem informações até este momento sobre o seguro condomínio em 2024, mas alguns dados atualizados sobre seguros para moradias estão no tópico de “seguro paramétrico e residencial”. 

     

    Seguro cibernético e de cobertura de propriedade digital

    segurança cibernética no mercado de seguros

  • Um levantamento do “FortiGuard Labs”, laboratório de inteligência e análise de ameaças da Fortinet, também aponta que o país contabilizou, em 2022, 103,16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, um aumento de 16% na comparação com o ano anterior. 

    Segundo uma pesquisa da DataSenado, 24% dos brasileiros com mais de 16 anos caíram em golpes digitais em 2024 por algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. 

    A digitalização cada vez mais intensa provoca um aumento de fraudes e roubos digitais, o que faz com que as pessoas busquem cada vez mais proteção contra essas fraudes.  

    Um relatório da IBM chamado Cost of a Data Breach, publicado no IT Forum, mostra que o custo médio por violações de dados no Brasil em 2024 é de R$ 6,75 milhões. 

    Segundo um levantamento da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) o Seguro Cibernético teve uma representação significativa, passando de R$ 17,6 milhões em 2020 para R$ 110,6 milhões no primeiro semestre de 2024. 

    Já o seguro de cobertura de propriedade digital visa a proteção de patrimônio digital, como às NTFs (siglas no inglês para token não fungível), por exemplo.  

    O NTF trata-se de um cripto ativo que comprova a propriedade de um item digital ou físico exclusivo, podendo ser imagem, vídeo, música ou jogo. Pode servir como o recibo da autenticidade do domínio legal de obra de arte, ingressos para um evento, uma fração de imóvel no mundo físico ou um algum item no metaverso. 

    De acordo com previsão do Citibank, o metaverso representa uma oportunidade de capitalização de US$8 trilhões a US$13 trilhões até 2030.  

    Acreditam que os tokens não fungíveis assumirão o protagonismo na compra e venda dos itens digitais dentro do metaverso, portanto, será natural o aumento da procura desse tipo de seguro e a expansão da comercialização do mesmo.  

    Seguro paramétrico e residencial

    Com as constantes revoluções naturais as indenizações provocadas por eventos climáticos têm aumentado.  Apenas em 2022, a escala da participação dos eventos climáticos no volume de indenizações de seguros patrimoniais alcançou 50% do total de R$1,4 bilhão pagos no ano, segundo a MJV.  

    Esse seguro é utilizado principalmente por produtores rurais que querem proteger a sua produção agrícola e demais setores que têm a sua produção afetada diretamente pelas mudanças climáticas.  

    Vivemos em um país rico em recursos naturais, no entanto temos visto que a mudança climática juntamente com a má exploração do solo, baixos investimentos em infraestrutura e exploração incorreta de recursos têm sido responsáveis por mais e mais desastres no país.  

    Essa desordem natural leva a possibilidade das seguradoras explorarem novos produtos nesse sentido, uma vez que não somente os produtores rurais precisam de proteção, mas toda uma gama de perfis. Por exemplo, o seguro residencial tem ganhado tração entre os brasileiros.  

    Um levantamento realizado pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais) mostrou o aumento de 25% no índice de penetração deste seguro entre os anos de 2017 e 2021. A participação, que era de 13,6% no primeiro ano da série histórica, saltou para 17%, representando 12,7 milhões de residências seguradas.  

    No entanto,  de acordo com o estudo, apenas 10% das apólices contratadas atualmente incluem a cobertura de desmoronamento, enquanto a de alagamento representa menos de 1% do total.  

    Esse fato requer que o corretor de seguros se especialize ainda mais em seguros desta natureza para explicar ao segurado os benefícios em contratar coberturas extras, principalmente se este mora em áreas de risco.  

    Além do seguro, o segurado pode contar com serviços para a sua residência como chaveiro, limpeza de telhas e caixa de água, entre vários outros; e o corretor de seguros é a figura mais preparada para mostrar ao cliente todas essas vantagens ao adquirir o seguro. 

    Microsseguros 

    O setor de seguros ainda não atinge a população de baixa renda. Na verdade, os dados ainda são mais alarmantes. Nove em dez brasileiros não têm seguro algum. Em outras palavras, mais de 176 milhões de brasileiros não estão cobertos por qualquer tipo de sinistro.  

    Esse é o resultado da pesquisa da Prudential, que contou com 1.800 pessoas e foi realizada em 2022. Isso não significa que essas pessoas não dão valor ao seguro, somente que eles percebem que não há seguros pensados para eles.  

    Nessa linha, entram os microsseguros pensados para pessoas de baixa renda e também micro empresários. Esses seguros são voltados para as dores de pessoas de baixa renda, são mais acessíveis e por isso podem também ser chamados de seguros inclusivos.  

    Uma pessoa de baixa renda pode não ter um carro para segurar, mas tem a sua vida que pode ser protegida não somente contra morte, mas acidentes, invalidez e doenças também.  

    Mais uma vez entra a figura do corretor de seguros, uma espécie de emissário que mostra ao cliente que um seguro de vida, por exemplo, não é somente pensado em caso de morte, mas em situações mais cotidianas, que com certeza podem afetá-lo diretamente. 

    Tendência em 2025: Embedded Insurance ou Seguro integrado

    O seguro integrado funciona colocando o seguro nas jornadas do cliente, oferecendo uma cobertura mais personalizada, acessível e relevante quando eles mais precisam.  

    Esse tipo de seguro pode ser incorporado na jornada do cliente – na compra de um celular, por exemplo. Ou seja, essa tendência do mercado de seguros pode ser vendida junto com o produto que será assegurado. 

    Tendência em 2025: a tecnologia como aliada

    tecnologia como aliada

    A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais estratégico no mercado de seguros, abrindo caminho para soluções mais acessíveis, personalizadas e integradas à jornada do consumidor.  

    No ano de 2025, a inovação tecnológica continuará sendo um diferencial necessário, impulsionando o crescimento de modelos de seguros como os microsseguros e o embedded insurance.  

    Essas iniciativas não apenas ampliam o alcance do setor para novos públicos, mas também redefinem a experiência do cliente, tornando o seguro mais relevante e próximo de suas necessidades reais. 

    Continue a leitura para entender melhor como a tecnologia pode – e deve – ser considerada uma grande aliada do mercado de seguros, potencializando as suas vendas e, é claro, a experiência do seu cliente.   

    Pix recorrente 

    Banco Central em conjunto com a CNSEG vem trabalhando na implementação do pix recorrente para cobrança de seguros. Isso vem como um alívio para os corretores de seguros que se vêem em um cenário de cobrança constante dos boletos de seguros atrasados. 

     

    Open Insurance

    Open Insurance refere-se ao conceito de sistema de seguros aberto, um tipo de negócio em que a oferta de serviços, funcionalidades e informações estão acessíveis a outras empresas. 

    Promovido também pelo Banco Central, o Open Insurance faz parte de uma agenda de inovações que começou com a implementação do PIX e evoluiu para o Open Banking, que é o compartilhamento de dados bancários dos usuários entre instituições financeiras. 

    Em outras palavras, o Open Insurance irá apoiar as seguradoras e também todo o ecossistema que se cerca, como as corretoras de seguros, por exemplo.  

    O principal atributo será o compartilhamento de informações promovendo maior análise e transparência dos dados, além da diminuição da burocracia. O setor de seguros pode vislumbrar o surgimento de novas startups e ainda mais digitalização por parte das seguradoras. 

    A Susep incluiu na Resolução CNSP 450/22 a figura do corretor de seguros dentro deste cenário. Isso não significa que mesmo com a permanência da figura do corretor de seguros, não seja necessário que este se adapte ao novo cenário. 

    Real Digital

    Com planos para lançamento em 2024, a versão digital do real possui lastro ao contrário das criptomoedas, e promete impactar o setor de seguros quanto à sua versatilidade.  

    Ao invés do tradicional seguro veicular anual, seguros diários ou de acordo com o uso poderão ser ofertados com um rápido processo de contratação e pagamento.  

    Além disso, com o Real Digital o pagamento, tanto do prêmio quanto do sinistro, poderá ser automático, e respeitar as regras e coberturas previstas no contrato.  

    Uso da IA (Inteligência Artificial)

    Com o uso da inteligência artificial e o Open Insurance, será possível que as seguradoras consigam fazer cálculos ainda mais precisos de seguros. Com isso, os preços tendem a mudar bastante de pessoa para pessoa, e terá como base diversos parâmetros e não somente os dados básicos.  

    A IA poderá trazer, inclusive, previsibilidade de sinistralidade, por exemplo. Além disso, ela também pode ajudar o corretor de seguros em diversos aspectos, como por exemplo, pesquisa, análise, contratação e atendimento ao cliente.  

    Mas, vale lembrar que a inteligência artificial ajuda o ser humano, mas não o substitui, pois questões como empatia, humanidade, ética e criatividade são exclusivas da humanidade, sendo impossível para a máquina simular.  

    Sendo assim, a inteligência artificial poderá ajudar o corretor de seguros a ter mais produtividade, maior assertividade e também maior competitividade. 

    Tendência em 2025: confiança nas contratações

    O Brasil tem trabalhado para tornar a contratação por seguro mais confiável, seguindo as demandas e comportamentos comuns do público atual. De acordo com o McKinsey & Company, o sentimento do consumidor está focado em: 

  • Experiência digital; 
  • Ofertas variadas; 
  • Personalização; 
  • Compra com propósito. 
  • Além disso, 62% dos consumidores preferem pesquisar online ou ominichannel (online e físico), enquanto 52% dos consumidores preferem comprar nessas modalidades. 

    Oferecer uma experiência clara e uma jornada confiável para a contratação pode ser a diferença no faturamento de muitas corretoras de seguros em 2025. 

    Em paralelo, no dia 10/12/2024, a Lei do Contrato do Seguro foi publicada no Diário Oficial da União (Lei nº 15.040/2024), que, segundo dados da SUSEP, tem a premissa de amenizar assimetrias, gerar confiança nas contratações e aumentar a demanda por seguros em 2025. 

    A intenção é crescer o mercado por meio da transparência e proteção aos consumidores, considerando que o mercado brasileiro ainda tem um enorme potencial de seguro, se comparado a outros mercados do mundo.